Casa Branca comenta tuítes de Trump expondo suposta violência islâmica

29/11/2017 22:31 Atualizado: 01/12/2017 03:29

O presidente Donald Trump retuitou três vídeos em 29 de novembro. Um deles mostra um garoto espancando um garoto holandês usuário de muletas; noutro, um homem muçulmano destrói uma estátua da Virgem Maria; e o terceiro exibe um grupo de supostos islamistas jogando jovens de cima de um telhado e em seguida espancando-os até a morte.

O vídeo que mostra os garotos arremessando jovens do telhado e então espancado-os até a morte parece se dar em um país muçulmano. Alguns especularam que o vídeo seria dos tumultos de 2013 no Egito que derrubaram o ex-presidente egípcio Mohamed Morsi, mas sua fonte não é clara.

Outro vídeo exibe um homem muçulmano segurando uma estátua da Virgem Maria e falando para uma câmera. Ele então arremessa a estátua ao chão, estilhaçando-a, ao que o cinegrafista diz: “Allahu ackbar”.

Já o outro vídeo é de um garoto espancando um garoto holandês que usa muletas. O vídeo afirma que o menino que cometeu a violência é um migrante muçulmano, mas isso pode ser falso, pois o garoto não parece ter um sotaque não holandês.

“O presidente tem falado sobre esses problemas de segurança há anos, desde a campanha até a Casa Branca”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, em resposta à pergunta de um repórter sobre os vídeos a bordo da Air Force One em 29 de novembro. “Nossa prioridade é segurança e segurança”, disse ela.

Sanders também disse que Trump exporá suas preocupações em uma variedade de plataformas. “Ele vai continuar a falar sobre elas no Twitter. Ele vai falar sobre elas em discursos. Ele vai falar sobre elas, você sabe, em discussões políticas.”

Os vídeos foram originalmente publicados por Jayda Fransen, vice-líder da Britain First (Grã-Bretanha Primeiro, em português), um grupo ativista de direita conhecido por suas críticas ao islamismo. Em seu site, diz que “se opõe e combate as muitas injustiças que são rotineiramente infligidas ao povo britânico”.

O Britain First se opõe à imigração em massa e é considerado “racista” por muitos no Reino Unido. Ele rebate as críticas em seu site, afirmando que “a Grã-Bretanha rejeita o ódio racial em todas as suas formas”, e acrescenta: “As minorias étnicas britânicas frequentam regularmente nossos eventos e atividades”.

Paul Golding, líder do Britain First, também aborda o tema em um vídeo, afirmando que no atual ambiente político do Reino Unido: “Se você é contra a imigração em massa você é um “racista”, se você se orgulha de ser britânico você é um “racista”, se você acha que os britânicos que nasceram aqui devem ser priorizados você é um “racista””.

Golding alega que o uso atual da palavra “racismo” se baseia no pensamento comunista como uma forma de “sabotar o debate e silenciar a oposição aos esquemas de esquerda” e diz que seu uso destoa de seu verdadeiro significado, segundo o qual “o racismo é quando uma pessoa odeia ou discrimina outra pessoa por causa de sua origem racial”.

Ele considera o rótulo de “racista” dado ao Britain First como “xingamento e assassinato de reputação”.

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