Foi há 100 anos, entre 6 e 9 de novembro de 1917, que um pequeno grupo de Guardas Vermelhos sob o comando de Vladimir Lenin tomaram de assalto o Palácio de Inverno na Rússia e estabeleceram um regime comunista, marcando o início de um século em que mais de 100 milhões de pessoas seriam mortas pela ideologia do comunismo, enraizada no ateísmo e na luta.
A Casa Branca relembrou as vítimas do comunismo em 7 de novembro, proclamando-o “Dia Nacional das Vítimas do Comunismo”.
“Ao longo do século passado, regimes totalitários comunistas em todo o mundo mataram mais de 100 milhões de pessoas e sujeitaram inúmeras mais à exploração, violência e devastação incalculáveis”, disse o escritório do secretário de imprensa da Casa Branca num comunicado.
“Esses movimentos, sob a falsa pretensão da libertação, roubaram sistematicamente as pessoas inocentes de seus direitos divinos de adoração voluntária, liberdade de associação e inúmeros outros que consideramos sacrossantos. Cidadãos que ansiavam pela liberdade foram subjugados pelo Estado por meio do uso da coerção, da violência e do medo”, afirmou o comunicado.
A Fundação Memorial das Vítimas do Comunismo diz que os Estados Unidos nunca tiveram um dia específico que reconhecesse as vítimas do comunismo.
Hoje, muitas pessoas ainda sofrem sob o comunismo, inclusive na Coreia do Norte e seu complexo sistema de campos de trabalhos forçados, e na China sob sua perseguição às religiões, incluindo o Falun Gong, o cristianismo, o budismo tibetano e o islamismo.
Essas perseguições reproduzem tendências observadas em quase todos os regimes comunistas. Exemplos incluem o genocídio de intelectuais sob o Khmer Vermelho no Camboja, o genocídio e o sistema brutal dos gulagui sob o líder soviético Josef Stalin, a destruição da cultura chinesa sob Mao Tsé-tung e muitos outros.
Antes de liderar a revolução bolchevique, o movimento de Lenin funcionava como um grupo terrorista. Em 1906, ele escreveu na revista Proletariado que tinha como objetivo “assassinar indivíduos, chefes e subordinados no exército e na polícia” e tomar o dinheiro e propriedade dos governos e indivíduos.
Depois de assumir o poder em 1917, Lenin coordenou a prisão dezenas de milhares de pessoas por se oporem ao seu novo sistema, e muitos foram torturados e executados.
Lenin também proibiu a propriedade privada e enviou seus guardas para tomarem os alimentos e sementes dos camponeses em toda a Rússia. Quando os camponeses não conseguiram plantar suas culturas, uma fome varreu o país. De acordo com o Instituto Hoover, de 1921 a 1922, entre 5 e 10 milhões de pessoas morreram.
Em vez de mostrar remorso por uma fome causada propositalmente, Lenin expressou satisfação. De acordo com “O Livro Negro do Comunismo”, uma testemunha próxima de Lenin disse que o ditador acreditava que a fome “facilitaria mais rapidamente a próxima etapa e levaria ao socialismo, o estágio que [segundo ele] necessariamente se seguiria ao capitalismo”.
Ele afirmou que a fome “também destruirá a fé não só no czar mas também em Deus”.
A publicação da Casa Branca disse que, no dia que marca os 100 anos desde a revolução bolchevique, “nos lembramos dos que morreram e de todos os que continuam a sofrer sob o comunismo”.
A Casa Branca também honrou a memória do “espírito indomável daqueles que lutaram corajosamente para espalhar a liberdade e a oportunidade ao redor do mundo”.
“Nossa nação reafirma sua firme determinação em difundir a luz da liberdade para todos os que anseiam por um futuro melhor e livre”, afirmou.
Durante um evento de 6 de outubro na Casa Branca comemorando o Mês do Patrimônio Hispânico, o presidente Donald Trump afirmou: “A mesma fracassada ideologia comunista, que trouxe opressão a Cuba, não introduziu nada além de sofrimento e miséria em todos os lugares e [em] onde quer que tenha emergido, em todo o mundo.”
“O comunismo é o passado. A liberdade é o futuro”, disse Trump, sob os aplausos e congratulações de uma multidão.