Por Ivan Pentchoukov, Epoch Times
Os Estados Unidos cobrarão uma tarifa de 25% sobre US$ 50 bilhões em bens importados da China, anunciou a Casa Branca na terça-feira, 29 de maio.
A tarifa será aplicada a produtos “contendo tecnologia industrialmente significativa”. A gestão Trump coletou opiniões dos consumidores sobre itens potenciais e a lista final será anunciada até 15 de junho.
“De agora em diante, esperamos que as relações comerciais sejam justas e recíprocas”, disse o presidente norte-americano Donald Trump num comunicado.
Trump há muito disse que a China tem se aproveitado dos Estados Unidos com práticas comerciais desleais, incluindo subsídios industriais e barreiras comerciais proibitivas. O regime comunista também está envolvido há décadas no roubo de propriedade intelectual. Trump está usando as negociações comerciais para amenizar algumas dessas perdas.
O anúncio é uma surpresa, uma vez que o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disse no início do mês que a imposição de tarifas seria suspensa, à medida que os negociadores americanos continuassem as negociações comerciais com seus pares chineses.
A Casa Branca inicialmente propôs US$ 150 bilhões em tarifas. A redução para US$ 50 bilhões é um sinal da abordagem padrão de Trump para negociações: demandar mais do que você pode obter e aceitar um acordo melhor do que a maioria consideraria possível.
O representante de comércio dos Estados Unidos também continuará a resolução de controvérsias com a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a China. A disputa foi iniciada em março sobre os “requisitos discriminatórios de licenciamento de tecnologia” por parte de Pequim, disse a Casa Branca.
A gestão Trump já ganhou uma disputa comercial contra a China em fevereiro. Como resultado, a China encerrou “antidumping injusto e direitos compensatórios” sobre suas exportações de aves, de acordo com a Casa Branca.
Os Estados Unidos também estão se preparando para implementar restrições de investimentos e controles de exportação destinados a restringir o acesso de chineses e empresas à tecnologia americana. A lista de restrições será anunciada até 30 de junho, informou a Casa Branca.
Na semana passada, Trump disse que chegou a um acordo para permitir que a empresa de telecomunicações chinesa ZTE continue no negócio. Trump disse que a ZTE faz parte das grandes negociações comerciais.
Os Estados Unidos impuseram sanções incapacitantes à ZTE devido a preocupações com a segurança nacional. O impacto das sanções levou a um apelo pessoal do líder chinês Xi Jinping a Trump para intervir.