Casa Branca anuncia avanço nas negociações de cessar-fogo em Gaza

Por Emel Akan
05/07/2024 20:54 Atualizado: 05/07/2024 20:54
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

WASHINGTON — A Casa Branca anunciou na quinta-feira (4) um avanço na superação de um “impasse crítico” nas negociações com o grupo terrorista Hamas para a libertação de reféns e o avanço em direção a um cessar-fogo permanente.

O presidente e sua equipe de segurança nacional analisaram a resposta que o Hamas enviou por meio de mediadores do Catar no início desta semana, informou a Casa Branca.

“Está claro que essa resposta faz o processo avançar e pode fornecer a base para fechar um acordo”, disse um alto funcionário do governo aos repórteres durante uma ligação após a análise da resposta do Hamas.

“Acreditamos que há uma abertura bastante significativa aqui.”

As negociações continuarão em Doha nos próximos dias, com a participação de uma equipe dos EUA, disse a autoridade.

O anúncio foi feito depois que o presidente Biden realizou uma ligação telefônica de 30 minutos com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, durante a qual os dois líderes discutiram os detalhes das negociações sobre reféns e cessar-fogo, de acordo com a Casa Branca.

A Casa Branca afirmou que os líderes discutiram a recente resposta do Hamas.

O alto funcionário do governo não forneceu os detalhes do avanço, mas observou que o Hamas inicialmente resistiu às condições da primeira fase do acordo, um pré-requisito para a segunda fase, que envolve um cessar-fogo permanente. Entretanto, o Hamas agora ajustou sua posição, uma mudança que a Casa Branca descreveu como encorajadora.

“O que recebemos do Hamas foi um ajuste bastante significativo em relação à sua posição, e achamos que isso é encorajador. Ouvimos o mesmo dos israelenses”, disse a autoridade.

Ele descreveu a resposta do Hamas como “um avanço em um impasse crítico” no acordo.

Entretanto, isso não significa que o acordo será fechado em poucos dias, disse o funcionário, pois algumas das etapas de implementação exigem um trabalho significativo.

A primeira fase do acordo permitiria a libertação de reféns, incluindo mulheres, homens com mais de 50 anos e aqueles que estivessem doentes ou feridos.

Durante a ligação, o presidente Biden e Netanyahu também discutiram a situação na fronteira com o Líbano.

“O presidente Biden reafirmou seu compromisso inabalável com a segurança de Israel, inclusive diante das ameaças de grupos terroristas apoiados pelo Irã, como o Hezbollah libanês”, disse a Casa Branca.

Os dois líderes concordaram em continuar as discussões sobre o acordo de paz. Eles agendaram uma reunião consultiva para 15 de julho em Washington, onde as equipes de segurança nacional de ambos os países se reunirão.

O líder israelense está programado para discursar no Congresso dos EUA no final de julho, no entanto, o funcionário se absteve de confirmar se Netanyahu também se reunirá com o presidente Biden durante essa viagem. 

Em 31 de maio, o presidente Biden apresentou um plano de paz de três fases para acabar com a guerra entre Israel e o Hamas.

A primeira fase do acordo duraria seis semanas e incluiria um cessar-fogo completo, a retirada das forças israelenses de todas as áreas povoadas de Gaza e a libertação de centenas de prisioneiros palestinos em troca dos reféns restantes mantidos pelo grupo terrorista, incluindo mulheres, idosos e feridos.

Durante a fase inicial de seis semanas, Israel e o Hamas negociariam os arranjos necessários para a transição para a segunda fase, que visa estabelecer um cessar-fogo permanente, disse o presidente Biden.

“O cessar-fogo continuará enquanto as negociações continuarem”, disse ele durante um discurso em 31 de maio.

A fase dois inclui a troca de todos os reféns restantes que ainda estão vivos, incluindo soldados do sexo masculino, a retirada das forças israelenses de Gaza e o estabelecimento de um cessar-fogo permanente.

A fase final envolve um grande plano de reconstrução para Gaza e a devolução dos restos mortais dos reféns mortos pelo Hamas.

De acordo com a Casa Branca, o plano de cessar-fogo foi endossado pelo Conselho de Segurança da ONU, pelos líderes do Grupo dos Sete e por outros países do mundo.