Por Ivan Pentchoukov, Epoch Times
O cardeal Theodore McCarrick, ex-chefe da Arquidiocese de Washington, disse na quarta-feira (20) que foi retirado do ministério público depois que uma alegação de que ele abusou sexualmente de um menor foi considerada credível por um conselho de revisão.
McCarrick, uma força política em Washington, D.C., EUA, mantém sua inocência. Um comitê de revisão, composto por psicólogos, especialistas em aplicação da lei, juristas, pais, um padre e uma irmã religiosa, concluiu que uma alegação de que ele abusou de um adolescente quase cinco décadas atrás era “credível e substanciada”.
A alegação foi investigada por um programa especial dirigido pela Arquidiocese de Nova York dedicado a ajudar menores que alegam terem sido abusados por padres e diáconos. O Vaticano deu a ordem para remover McCarrick depois de saber das conclusões do conselho.
“Sei que esse desenvolvimento doloroso chocará meus muitos amigos, familiares e pessoas que me honraram em servir nos meus 60 anos como padre”, disse McCarrick num comunicado. “Embora eu não tenha absolutamente qualquer lembrança desse abuso denunciado, e acredito na minha inocência, lamento pela dor que a pessoa que fez as acusações passou, assim como pelo escândalo que essas acusações causam ao nosso povo.”
A Arquidiocese de Nova York não revelou o nome da vítima nem quaisquer detalhes sobre o caso para preservar a privacidade da pessoa.
McCarrick disse que soube da alegação há vários meses e notificou a polícia e o arcebispo de Nova York, Timothy Dolan.
Uma remoção do ministério público significa que McCarrick não pode realizar funções sacerdotais em público.
“Embora entristecida e chocada, esta arquidiocese aguarda o resultado final do processo canônico e, enquanto isso, pede orações para todos os envolvidos”, disse a Arquidiocese de Washington num comunicado.
McCarrick tem 87 anos e diz-se que está com uma saúde frágil. Ele reside na Arquidiocese de Washington.