Capacidades militares do Hezbolllah seguem sendo “boas”, garante vice-líder do grupo terrorista

Por Redação Epoch Times Brasil
09/10/2024 07:51 Atualizado: 09/10/2024 07:51

O vice-líder do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou nesta terça-feira (8) que o grupo extremista libanês mantém sua capacidade militar intacta, apesar dos intensos bombardeios de Israel nas últimas semanas. 

Em um discurso televisionado, Qassem destacou os supostos sucessos diários do Hezbollah, mencionando o lançamento de centenas de foguetes e drones, além dos ataques direcionados a diversas cidades e assentamentos israelenses. 

“Nossas capacidades continuam boas”, declarou na transmissão do canal Al Manar, conforme reportado pela AFP.

Qassem afirmou que, apesar da perda de figuras-chave, como o líder Hassan Nasrallah, eliminado por Israel, a liderança do Hezbollah continua organizada. Ele assegurou que, mesmo diante dos ataques, o processo de sucessão de Nasrallah ocorrerá conforme os procedimentos internos do grupo.

O vice-líder ainda reconheceu que o grupo enfrentou “golpes severos” provenientes de ataques israelenses. Entre as perdas, ele destacou a explosão de equipamentos de comunicação do Hezbollah, como pagers e walkie-talkies, além das mortes de figuras de alto escalão, incluindo Nasrallah.

Em resposta às falas do número 2 do Hezbollah, o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Matthew Miller, afirmou que Washington apoia os esforços israelenses para enfraquecer o Hezbollah, mas também defende uma solução diplomática para o conflito. 

“Durante um ano, o mundo pediu um cessar-fogo e o Hezbollah se recusou a aceitá-lo. E agora que o Hezbollah está em uma situação difícil e sendo atingido, de repente mudou de tom e quer um cessar-fogo”, disse Miller.

Apesar de reafirmar que o Hezbollah mantém sua capacidade militar, Qassem indicou que o grupo apoia as negociações para um cessar-fogo, mostrando disposição para o diálogo em meio aos confrontos intensos com Israel. 

“Ninguém deve pensar que abandonaremos nossas posições ou baixaremos nossas armas”, concluiu Qassem.