O candidato presidencial da principal coalizão opositora da Venezuela, a Plataforma Democrática Unida (PUD), Edmundo González Urrutia, denunciou nesta quarta-feira a inabilitação política, por parte da Controladoria Geral da República, de dez prefeitos de duas regiões do país.
Por meio da rede social X (ex-Twitter), o candidato para as eleições presidenciais de 28 de julho assegurou que o grupo de prefeitos, dos estados de Trujillo (oeste) e Nueva Esparta (nordeste), foi inabilitado em represália por apoiar sua candidatura, com a qual enfrentará o ditador, Nicolás Maduro.
“Apoiamos os 10 prefeitos de Trujillo e Nueva Esparta que foram injustamente inabilitados por apoiarem nossa candidatura. A crescente perseguição confirma que a Venezuela decidiu mudar e expressará isso com determinação em 28 de julho”, escreveu Urrutia na rede social X, sem especificar os nomes deles.
O candidato presidencial também afirmou que ele e a ala da oposição que representa continuarão a “lutar juntos por um país onde ninguém seja perseguido por pensar diferente do governo”.
De acordo com o site da Controladoria, os prefeitos Iraima Vásquez e José María Fermín, dos municípios de Tubores e Villalba, respectivamente, em Nueva Esparta, e Heriberto Materán, da cidade de Motatán, em Trujillo, foram proibidos de ocupar cargos públicos por 15 anos.
O site da instituição diz que as inabilitações foram decididas em resposta a duas resoluções datadas de 24 de maio de 2024, embora, até o momento, não tenha havido nenhum pronunciamento público da Controladoria.
Em abril, a instituição inabilitou cinco membros da oposição, incluindo um prefeito, de ocupar “qualquer cargo público” por 15 anos, assim como outro antichavista por um período de 12 meses.