Um dos candidatos à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, foi assassinado nesta quarta-feira a tiros enquanto realizava um evento de campanha na capital do país, Quito.
Carlos Figueroa, um amigo pessoal de Villavicencio, afirmou em um vídeo divulgado em redes sociais que o candidato foi atingido por três disparos na cabeça e chegou a ser levado para um hospital próximo, mas não resistiu aos ferimentos.
O ministro do Interior, Juan Zapata, disse que o ataque foi cometido por matadores de aluguel que também feriram outras pessoas.
As autoridades equatorianas não deram informações oficiais ou mais detalhes sobre o caso, que aconteceu no final da tarde do lado de fora de um ginásio onde Villavicencio havia reunido apoiadores como parte da campanha para as eleições presidenciais de 20 de agosto.
Villavicencio, identificado como um ferrenho opositor do ex-presidente Rafael Correa, estava se deslocando com proteção policial devido a ameaças que havia recebido semanas antes.
De acordo com a imprensa local, agentes especiais estavam investigando a possibilidade de um dispositivo explosivo ter sido colocado no ginásio de uma escola onde o candidato realizando um comício.
O assassinato de Villavicencio ocorreu em um momento em que o país está sofrendo uma escalada de violência devido à ação de gangues criminosas.
Todos os dias há vários relatos de assassinatos, homicídios, extorsões, ataques com explosivos, entre outros crimes, que semearam o terror entre os equatorianos, que vêm sofrendo com esse tipo de violência há mais de dois anos.
O Equador encerrou 2022 com a maior taxa de mortes violentas de sua história, registrando 25,32 por 100 mil habitantes, a grande maioria associada, segundo o governo, ao crime organizado e ao narcotráfico, que ganhou força no litoral e transformou os portos em grandes polos de distribuição de cocaína para Europa e América do Norte.
A luta contra o crime tem sido uma das principais promessas dos candidatos que querem suceder o conservador, Guillermo Lasso, como presidente nas eleições gerais extraordinárias marcadas para domingo.
Além de Villavicencio, concorrem às eleições presidenciais o ambientalista Yaku Pérez, a ‘correísta’ Luisa González, o especialista em segurança Jan Topic, o ex-vice-presidente Otto Sonnenholzner, o político empresário Xavier Hervas, o empresário e ex-parlamentar Daniel Noboa e o independente Bolívar Armijos.
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