O Canadá decidiu nesta quarta-feira congelar as suas relações com o Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (AIIB), após o diretor de comunicação do banco ter alegado que a instituição é dominada pelo Partido Comunista Chinês (PCCh).
A vice-primeira-ministra e ministra da Economia canadense, Chrystia Freeland, anunciou nesta quarta-feira (14) o congelamento das relações com a instituição, da qual o Canadá é membro desde 2017, enquanto investiga as alegações de Bob Pickard, que até hoje era o diretor de comunicação do AIIB.
“O governo do Canadá cessará imediatamente todas as atividades governamentais. E eu instruí o Ministério da Economia a conduzir uma revisão imediata de todas as alegações”, disse ela em entrevista coletiva.
Freeland acrescentou que não descarta a possibilidade de tomar medidas quando a investigação estiver concluída, deixando a porta aberta para a saída do Canadá do AIIB.
Pickard, que é canadense, anunciou a sua demissão repentina no Twitter nesta quarta-feira e denunciou a “cultura tóxica” do AIIB.
“Como patriota canadense, este é o meu único recurso. O banco é dominado por membros do Partido Comunista (chinês) e tem uma das culturas mais tóxicas que se pode imaginar. Não acredito que os interesses do meu país sejam protegidos pela sua adesão ao AIIB”, acrescentou.
O Canadá aderiu ao AIIB em 2017 com uma participação de US$ 995 milhões, ou seja, uma participação de 1% na instituição. A China é o maior acionista do banco, que conta atualmente com mais de 100 países membros.
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