A campanha presidencial da candidata do Partido Verde, Jill Stein, está sendo investigada pelo Comitê de Inteligência do Senado os Estados Unidos, que está verificando as alegações de que o governo russo interferiu nas eleições presidenciais dos EUA em 2016.
O presidente do Comitê, o senador Richard Burr (R-N.C.), na segunda-feira, 18 de dezembro, deu aos repórteres uma atualização sobre o andamento da investigação.
“Eu acho seguro dizer que temos duas outras campanhas que estamos começando [a investigar]”, disse ele, informou a WTVA.
Ele disse especificamente aos repórteres que o Comitê queria investigar a campanha de Stein por “colusão com os russos”.
Burr não especificou qual ou de quem era a segunda campanha a ser investigada.
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O Comitê já solicitou os documentos da campanha de Stein, afirmou ela num comunicado na terça-feira.
Stein, que obteve cerca de 1,5 milhão de votos nas eleições, foi vista sentada na mesma mesa que o presidente russo Vladimir Putin num evento organizado pela emissora estatal russa RT.
Dois outros atendentes do evento disseram anteriormente ao Epoch Times que Putin apenas sentou-se à mesa por alguns minutos e seus contatos não foram além de uma mera saudação.
Michael Flynn, o ex-conselheiro de segurança nacional de Trump, também estava sentado à mesa. Flynn foi forçado a demitir-se em 13 de fevereiro depois de ter desinformado o vice-presidente Mike Pence sobre um telefonema que ele teve com o embaixador russo em dezembro de 2016. Ele foi acusado de mentir sobre a ligação para um agente do FBI.
Peter Strzok, o agente que entrevistou Flynn, foi descoberto recentemente tendo discutido como evitar que o candidato Donald Trump vencesse as eleições presidenciais em mensagens de texto para Lisa Page, uma advogada do FBI.
A mídia The Hill informou em 4 de dezembro que Strzok também alterou termos-chave na conclusão da investigação sobre o uso do servidor privado de e-mails de Hillary Clinton durante seu mandato como secretária de Estado.
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Strzok mudou a linguagem na avaliação do caso dos e-mails de Clinton de “negligência grosseira”, que teria sido um crime, para “extremamente descuidada”. Uma alteração que teria exonerado Clinton de processamento.
Stein apontou que ela foi examinada por sua viagem à Rússia logo após a eleição.
“Eu acho que isso está muito relacionado ao fato de que os democratas estão procurando alguém para culpar”, disse ela a Michael Smerconish da CNN em junho.
Stein disse em seu comunicado que está cooperando com a sondagem do Senado.
“Nós apoiamos totalmente o inquérito legítimo sobre qualquer atividade ilegal em nossas eleições, incluindo ofertas de quid pro quo, lavagem de dinheiro, corrupção e violação das leis do financiamento de campanha”, disse ela. “Ao mesmo tempo, advertimos contra a politização, o sensacionalismo e o colapso dos padrões jornalísticos que atormentaram a cobertura da mídia sobre a investigação.”
Stein também foi investigada por suas finanças. Após a eleição, ela rapidamente arrecadou mais de US$ 7,3 milhões para sua iniciativa de recontagem dos votos em Wisconsin, Pensilvânia e Michigan, enquanto ela apenas arrecadou US$ 3,2 milhões para toda a sua campanha presidencial.
Ela só recebeu cerca de 1% dos votos em todos os três estados, mas esses três foram estados onde Trump venceu Clinton por uma pequena margem.
Por fim, apenas Wisconsin completou a recontagem, resultando em 66 votos adicionais para Stein e 131 votos adicionais para Trump, informou o Wisconsin State Journal. Em Michigan e Pensilvânia, as recontagens foram bloqueadas pelos tribunais.
Stein ficaria com mais de US$ 2 milhões das doações para recontagem dos votos, informou The Washington Free Beacon. Ela disse que usaria o dinheiro para defender as mudanças no sistema de votação.
Uma pergunta feita a seu porta-voz, Dave Schwab, sobre como o resto do dinheiro foi usado não foi respondida.