O ministro das Relações Exteriores britânico, David Cameron, afirmou nesta terça-feira que os bombardeios realizados ontem à noite pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido no Iêmen pretendem enviar “a mensagem mais clara possível” aos houthis pelos seus ataques no Mar Vermelho.
Cameron reiterou que as ofensivas do grupo terrorista iemenita contra os navios mercantes que navegam por aquela rota marítima são ilegais e inaceitáveis, depois de os agressores, que apoiam o Hamas na guerra na Faixa de Gaza, terem alertado que atacarão qualquer embarcação com destino a Israel.
“Desde a última vez que agimos, há 10 dias, houve mais de 12 ataques a navios por parte dos houthis no Mar Vermelho”, declarou o chefe da pasta de Exteriores britânica.
“O que fizemos foi enviar novamente a mensagem mais clara possível de que continuaremos degradando sua capacidade de realizar esses ataques e que respaldamos as nossas palavras e as nossas advertências com ações”, acrescentou.
Os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam na segunda-feira várias posições dos rebeldes houthis, que tentam assumir o controle do Iêmen desde 2014, em uma operação conjunta apoiada por Austrália, Bahrein, Canadá e Holanda.
O objetivo da operação era destruir uma das instalações subterrâneas onde estão armazenados mísseis, bem como outros sistemas de radar e de defesa aérea.
O Ministério da Defesa em Londres explicou ontem à noite que quatro caças Typhoon FGR4 da Real Força Aérea (RAF), apoiados por dois aviões-tanque Voyager, lançaram bombas guiadas de precisão Paveway ao lado dos aviões americanos.
O Partido Trabalhista, o maior da oposição no Reino Unido, criticou hoje o fato de o primeiro-ministro, Rishi Sunak, não os ter informado antecipadamente da operação, como fez da vez anterior, e pedem que compareça hoje perante o Parlamento para se explicar.