Um busto do ditador soviético Josef Stalin foi inaugurado nesta quarta-feira na cidade de Volgogrado, na véspera do 80º aniversário do fim da batalha de Stalingrado. O Kremlin informou hoje que Putin presidirá atos celebrando a vitória da União Soviética no confronto, ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial.
O monumento de bronze de Stalin foi colocado no museu Batalha de Stalingrado, junto a bustos similares dos generais Georgi Zhukov e Aleksandr Vasilevsky.
As três obras são de autoria do escultor russo Sergey Scherbakov e foram inauguradas com a presença de membros do governo e deputados russos, segundo informou o portal de notícias local “Meduza”.
Monumentos em homenagem a Stalin tinham sido retirados, em grande parte, após a queda da União Soviética, em 1991.
Ativistas de direitos humanos denunciam há anos incidentes reabilitando da figura de Stalin, que morreu em 1953 e comandou repressão, perseguição e extermínio contra dezenas de milhões de cidadãos soviéticos.
Segundo informou a prefeitura, as letras que formam a palavra Volgogrado na entrada da cidade foram substituídas temporariamente por Stalingrado, nome que a cidade manteve de 1925 a 1961.
A batalha começou em 17 de julho de 1942 e terminou em 2 de fevereiro de 1943, com a rendição do marechal de campo Friedrich von Paulus, chefe do Sexto Exército alemão, após 200 dias de luta no ‘front’.
“É uma data sagrada para todos em nosso país”, garantiu o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov.
O regime de Stalin
Josef Stalin assumiu a liderança da União Soviética depois da morte de Lenin em 1924. O regime de Stalin perdurou por 29 anos e é amplamente documentado como uma era de derramamento sangue na Rússia. É estimado que seu governo provocado a morte de até 66 milhões de pessoas.
Conforma apurado pelas Nações Unidas em uma publicação de novembro de 2003, de 7 a 10 milhões de pessoas morreram por inanição na Ucrânia entre 1932 e 1933 sob Stalin. Pela mesma causa, 1.5 milhão de pessoas morreram no Cazaquistão.
O governo americano rotulou ocasiões de glorificação da era stalinista e outros incidentes de revisionismo como “A desinformação histórica de Vladimir Putin”.
Anteriormente à invasão da União Soviética pela Alemanha nazista, da qual a Batalha de Stalingrado foi parte, o governo de Josef Stalin colaborou com o de Adolf Hitler por dois anos sob um pacto de não agressão.
Emmanuele Khouri contribuiu para esta notícia.
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