Os países do grupo BRICS pediram nesta quarta-feira (23) ao final de sua cúpula em Kazan, na Rússia, uma reforma das Nações Unidas, incluindo seu Conselho de Segurança, e um papel maior para América Latina, Ásia e África nos assuntos mundiais.
“Enfatizamos nosso apoio à reforma da ONU, incluindo seu Conselho de Segurança, a fim de aumentar sua democracia, representatividade, eficácia (…) e também a expansão da presença de países em desenvolvimento em todas as categorias de membros do Conselho”, afirmou o BRICS na declaração final da cúpula.
O grupo também enfatizou a necessidade de aplicar a “justiça geográfica” na formação do secretariado da ONU e de outras organizações internacionais.
O BRICS destacou a importância de os países africanos, asiáticos e latino-americanos desempenharem um papel mais significativo na gestão dos assuntos mundiais.
A declaração também falou sobre o surgimento de “novos centros de força”, o que, de acordo com o grupo de economias emergentes, contribui para o advento de uma ordem mundial “mais justa, democrática e equilibrada”.
Ao mesmo tempo em que condenou as sanções unilaterais, defendeu a cooperação no campo dos direitos humanos e das liberdades fundamentais em estrita conformidade com os princípios de igualdade e respeito mútuo.
Os direitos humanos incluem o direito ao desenvolvimento justo e equitativo de todos os países, acrescentou o BRICS.
A declaração final também aprovou o status dos Estados parceiros, embora a cúpula não tenha abordado a esperada ampliação solicitada por países como Turquia, Azerbaijão e Cuba.
O BRICS, grupo fundado em 2006 e que realizou sua primeira cúpula em 2009, é atualmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos e Etiópia.