Por André Assi Barreto, Senso Incomum
Conforme já antecipado pelo site Senso Incomum, o cenário mais provável para as eleições europeias no Reino Unido no próximo mês de maio é o sucesso do partido do “Mr. Brexit”, Nigel Farage, o Brexit Party que já aparece com 27% de intenções de voto, um feito e tanto para um partido recém-surgido:
European Parliament voting intention:
BREX: 27%
LAB: 22%
CON: 15%
GRN: 10%
LDEM: 9%
UKIP: 7%
CHUK: 6%via @YouGov, 15 – 16 Apr
— Britain Elects (@britainelects) April 17, 2019
As estimativas também são alvissareiras para as eleições gerais, onde o partido já desponta na terceira colocação (posição a qual Farage também conseguiu conduzir o seu ex-partido, o UKIP) com 17% dos votos:
European Parliament voting intention:
LAB: 33% (+8)
CON: 18% (-6)
BREX: 17% (+17)
CHUK: 9% (+9)
LDEM: 9% (+2)
UKIP: 5% (-22)
GRN: 5% (-2)via @ComRes, 16 Apr
Chgs. w/ 2014 result— Britain Elects (@britainelects) April 18, 2019
Os americanos têm um ditado muito sábio que diz:
“cuidado com o que você deseja, pode acabar conseguindo”.
Na tentativa de solapar o voto popular e diminuir o avanço das ideias de direita com o caos instalado a respeito da saída do Reino Unido da União Europeia, políticos do establishment podem acabar ajudando a levar sua própria versão de um Donald Trump ao sucesso.
O flip-flop tucanopetista dos partidos Trabalhista e Conservador trouxe um impasse a respeito da saída do país da União Europeia. Muitos deles fizeram isso com a exata intenção de melar o processo.
Agora podem acabar levando uma invertida de um partido recém-formado e que encarna tudo que eles mais odeiam: soberanismo de direita.
A “onda conservadora” que tanto assusta as esquerdas sem projeto ao redor do mundo parece que mal chegou a sua metade. Vem muito mais por aí.
André Assi Barreto é professor de Filosofia e História das redes pública e privada de São Paulo. Aluno do professor Olavo de Carvalho. Mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Também trabalha com revisão, tradução e palestras. Autor de “Saul Alinsky e a Anatomia do Mal” (ed. Armada, 2019)
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