Por Agência EFE
Teve início nesta quarta-feira o julgamento do brasileiro Patrick Nogueira, de 21 anos, que pode ser condenado à prisão perpétua na Espanha como assassino confesso dos tios e de dois primos, de 1 e 4 anos de idade, em 2016 na cidade espanhola de Pioz.
O julgamento do autor da chacina será concluído no dia 31 deste mês. O acusado, antes de ser submetido ao interrogatório para se defeder, pediu desculpas à família pelo quádruplo crime e disse que gostaria de ter evitado, mas que tinha “a ideia fixa de fazê-lo”.
Patrick reconheceu que era alcoólatra e não escolheu “agir da forma como ocorreu”. Ele disse a falta de autocontrole o fez “jogar tudo no lixo”. A acusação classificou Patrick como uma “máquina de calcular” e deixou claro que ele atuou friamente e com predeterminação.
Diante da postura defensiva, que alega arrependimento e problemas psicológicos, a representante do Ministério Público insistiu que Patrick se preparou para cometer os crimes. “Não é uma ideia que surja de repente”, enfatizou.
A promotora garantiu que o acusado estava há dias preparando os crimes, “planejando friamente”, e não só para cometer os assassinatos como também para esconder os corpos.
Em agosto de 2016, o jovem brasileiro matou os tios e primos na casa onde moravam na cidade de Pioz, no centro da Espanha. Os corpos foram descobertos dias depois esquartejados e guardados em sacolas de plástico na casa, que o acusado abandonou após cometer o crime.
Após fugir para o Brasil, Patrick Nogueira se entregou voluntariamente às autoridades espanholas em outubro, ao considerar que teria melhores condições de defesa na Espanha do que no Brasil, segundo disse à Agência Efe o seu advogado brasileiro. O jovem brasileiro será julgado por um júri popular, integrado por sete homens e duas mulheres.