Os governos do Brasil e do Paraguai assinaram nesta sexta-feira (27), um acordo de colaboração entre as instituições de segurança dos dois países, com o objetivo de combater a corrupção e o crime organizado. A cerimônia de assinatura deste acordo aconteceu na residência presidencial paraguaia, na presença do presidente, Santiago Peña, e representantes do Conselho de Defesa Nacional do Paraguai (Codena), enquanto o Brasil foi representado pelo ministro da Justiça, Flávio Dino.
“Se resolvermos o problema da segurança no Paraguai, estaremos colaborando em grande medida com a segurança no Brasil”, declarou Peña durante a reunião.
Pouco depois, o ministro do Interior paraguaio, Enrique Riera, comentou em entrevista coletiva que o acordo consiste em ações que envolvem instituições como a Secretaria de Prevenção à Lavagem de Dinheiro ou Ativos (Seprelad), a Polícia Nacional, os ministérios da Justiça e da Defesa e outros organismos.
O ministro, que não deu detalhes sobre as ações específicas que serão realizadas em conjunto com as autoridades brasileiras em matéria de segurança, destacou a importância da vontade política neste processo e ressaltou a estreita relação entre Peña e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desembocou neste acordo de colaboração.
Com o “Compromisso de Assunção”, como foi chamado este acordo, espera-se reforçar a segurança na fronteira compartilhada, o que, por sua vez, promoveria o desenvolvimento econômico da região, acrescentou Riera.
Também presente na coletiva, o procurador-geral do Paraguai, Emiliano Rolón, destacou que a cooperação internacional é um “compromisso permanente” do Ministério Público.
“O nosso compromisso contra a corrupção e o caráter transnacional dos atos puníveis exigem este tipo de atitude”, acrescentou.
Por sua vez, Flávio Dino destacou que o “maior desafio” do Brasil é manter a ordem jurídica e democrática, que enfrenta diariamente o crime organizado.
“Não podemos estar fragmentados, porque isso seria ineficiente”, comentou o ministro.
Dino disse ainda que a cooperação com o Paraguai disponibiliza aos órgãos de segurança informações da Polícia Federal, da inteligência penitenciária e outros elementos que auxiliam “na formação de estruturas que funcionem com resultados”.
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