Brasil e Cuba reativam comitê de cooperação sanitária e biotecnologia

Por Agência de Notícias
08/02/2024 15:01 Atualizado: 08/02/2024 15:01

Brasil e Cuba reativaram o Comitê Gestor Binacional para a cooperação em saúde e biotecnologia, cancelado em 2016, informou nesta quinta-feira a imprensa oficial cubana.

A medida foi oficializada durante visita a Havana do secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Carlos Gadelha, que mostra o fortalecimento das relações bilaterais entre os dois países desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ao poder em janeiro do ano passado.

O comitê gestor, formado por 20 ministérios e instituições brasileiras e cubanas, “permitiu avançar em uma direção orientada para o bem comum”, disse Gadelha em encontro com o ditador cubano, Miguel Díaz-Canel, segundo o jornal oficial Granma.

O secretário foi recebido ontem por Díaz-Canel, após concluir uma reunião de três dias com representantes cubanos da saúde e da indústria biotecnologia e farmacêutica.

O mecanismo, criado em 2011, “é de vital importância para abordar os principais desafios de saúde que enfrentam os dois países, incluindo o câncer, a diabetes mellitus e as doenças neurodegenerativas”, acrescentou Gadelha.

Um dos resultados do encontro foi a assinatura de protocolos de intenções entre a estatal BioCubaFarma e a brasileira Bahiafarma para o desenvolvimento e acompanhamento de estudos clínicos e realização de testes rápidos para diagnóstico de anemia falciforme e doença de Chagas, segundo o relatório.

Na reunião com Gadelha, o ditador cubano destacou “a vontade, a disposição e o desejo de trabalhar juntos para fortalecer e consolidar as relações entre as duas nações”.

Díaz-Canel comentou que “desde que Lula conquistou a presidência, foi intensificado um grupo de intercâmbios entre os dois países”, por isso a visita do secretário “expressa sua disposição de apoiar Cuba e retomar o amplo processo político, diplomático, econômico e comercial que tínhamos durante os governos dele e de Dilma Rousseff.

As relações entre Havana e Brasília foram congeladas durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022).