O Brasil está dando passos para retomar a conexão com a rede elétrica da Venezuela, embora também esteja avançando com obras que tornem menos necessária a importação de energia do país vizinho, disse à Agência EFE o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
O ministro, que está em Nova Iorque para apresentar um projeto de transição energética, explicou que a reconexão com a Venezuela, interrompida em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro, é um projeto que visa dar segurança no fornecimento de energia à região Norte.
“Nós já começamos a fazer a integração com a Venezuela. Foi feito um decreto, que está em fase de regulamentação, para voltarmos a importar energia elétrica limpa e renovável, energia hidrelétrica da usina de Guri, na Venezuela”, comentou Silveira.
A interrupção das importações de energia da Venezuela afetou o fornecimento de eletricidade do estado de Roraima, o único que ainda não está conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), e que tem dependido de usinas termelétricas poluentes nos últimos quatro anos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, concordaram em maio em reconectar o sistema elétrico entre os dois países.
À época, Maduro afirmou que seriam necessários investimentos de pelo menos US$ 4 milhões para restaurar as linhas de transmissão, que estão degradadas devido à falta de uso.
Na entrevista, Silveira afirmou que o Brasil também trabalha “em outra frente” para garantir a segurança energética em Roraima, a construção de uma linha de transmissão que ligará o estado a Manaus.
Concretamente, o ministro afirmou que em outubro vai inaugurar as duas primeiras torres da linha de transmissão que ligará Roraima pela primeira vez ao sistema elétrico nacional.
“Então teremos 100% de um estado com dimensão continental que o Brasil interligou através de um sistema de transmissão”, acrescentou.
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