O governo brasileiro anunciou nesta sexta-feira (15), em Havana, que vai assinar um acordo com o regime de Cuba para intercambiar conhecimentos em ciência e tecnologia e desenvolver de forma conjunta medicamentos e vacinas.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse em entrevista coletiva que o acordo incluirá o desenvolvimento de inovações em vacinas e medicamentos para doenças crônicas como Alzheimer e diabetes.
Além disso, os dois países voltarão a formar um comitê binacional com autoridades de saúde, que foi criado em 2002 e ao qual, segundo a ministra, o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022) não deu “continuidade”.
Esse comitê definirá “a agenda de trabalho” de uma colaboração que a ministra descreveu como “ganha-ganha” para ambos os lados, embora não tenha mencionado quanto se espera que seja investido no acordo.
Nísia disse que o Brasil se beneficiará do “conhecimento de ponta que Cuba desenvolveu”, e o país caribenho, por sua vez, da capacidade do Brasil de “produzir medicamentos em escala”.
Além dos medicamentos, a ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, colocou na mesa a possibilidade de treinar profissionais cubanos no uso dos sistemas de vigilância por satélite que o Brasil possui para prevenir desastres naturais e apoiar a agricultura.
As ministras fazem parte da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que chegou a Havana nesta sexta-feira para participar da reunião do grupo G77+China.
Esta é a primeira visita de um presidente brasileiro à ilha desde 2014 e também a primeira desde que Lula assumiu o atual mandato – ele visitou Cuba em 2003, 2008 e 2010 durante seus dois primeiros ciclos.
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