Por Agência EFE
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou neste sábado (31) um confinamento válido para todo o território da Inglaterra, que terá um mês de duração e valerá até 2 de dezembro, devido o aumento nos indicadores relacionados à pandemia da Covid-19.
A medida coloca fim na estratégia de restrições localizadas, que havia sido adotada pelo governo britânico, e resultará no fechamento obrigatório de estabelecimentos comerciais e outras atividades não essenciais. Escolas e universidades, no entanto, seguirão funcionando.
O anúncio de Johnson acontece no mesmo dia em que o Reino Unido ultrapassou a marca de 1 milhão de casos acumulados, com 21.915 novas infecções notificadas.
O primeiro-ministro justificou a medida pela possibilidade de que o sistema público de saúde britânico (NHS) entre em colapso nas próximas semanas, devido ao alto número de internações.
“Negócios não essenciais e locais de entretenimento fecharão, e os pubs e restaurantes terão que fechar exceto para consumo de comida em casa”, disse o político conservador.
Atividades em que não é possível adotar o trabalho remoto, como a construção civil, por exemplo, permanecerão funcionando normalmente, de acordo com o chefe de governo.
Johnson reforçou que não se trata de um confinamento tão restritivo como o que foi decretado meses atrás, mas que a concessão de saída de casa será dada por motivos de educação, profissionais ou para compras de primeira necessidade.
Além disso, será autorizada uma hora de exercício por dia e o contato com apenas uma pessoa que viva em outra residência. Tudo isso, disse o premiê, para que “sejamos capazes de permitir que as famílias possam se reunir no Natal”.
O primeiro-ministro garantiu que irá prorrogar o programa de preservação do emprego, que se encerraria neste sábado. A iniciativa, que será enviada mais uma vez ao Parlamento nesta sexta-feira, se aprovada, irá ser mantida, pelo menos, até dezembro.
O anúncio do novo confinamento seria feito depois de amanhã, no entanto, acabou sendo antecipado devido ao vazamento dos planos do governo.
“Após o fim desse novo confinamento, buscaremos suavizar as restrições, voltando ao sistema por níveis local e regional, segundo os últimos dados e tendências”, disse Johnson.
Johnson assegurou estar otimista com a evolução da pandemia até o próximo ano e garantiu que as autoridades estão mais preparadas, por exemplo, com “milhões de testes rápidos e confiáveis”.
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