Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Drones, bombas planadoras e mísseis balísticos russos atingiram cidades no sul e leste da Ucrânia em 11 de novembro, segundo autoridades do país devastado pela guerra.
Pelo menos seis civis morreram, e cerca de 30 ficaram feridos nos ataques, que ocorreram um dia após a maior troca de ataques com drones entre Kyiv e Moscou desde o início do conflito.
Durante o fim de semana, a Rússia lançou sua maior onda de ataques com drones contra a Ucrânia, enviando um número recorde de 145 veículos aéreos não tripulados (VANTs) ao país vizinho. Kyiv afirmou ter derrubado 62 desses drones e atacou um arsenal na região russa de Bryansk, onde 14 drones foram abatidos, segundo relatos locais.
No domingo, a Ucrânia também lançou uma grande quantidade de drones contra Moscou, com pelo menos 34 VANTs enviados à capital russa. Os ataques forçaram o desvio de voos de três aeroportos importantes e deixaram pelo menos cinco pessoas feridas.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter derrubado outros 50 drones em áreas ocidentais do país no mesmo dia.
“Uma tentativa do regime de Kyiv de realizar um ataque terrorista com drones do tipo aeronave no território da Federação Russa foi frustrada,” afirmou o ministério em um comunicado.
Os aeroportos Domodedovo, Sheremetyevo e Zhukovsky, em Moscou, desviaram pelo menos 36 voos durante o ataque, mas reabriram posteriormente, de acordo com a agência federal de transporte aéreo da Rússia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, declarou que a Rússia intensificou recentemente os ataques, com o objetivo de minar a vontade dos ucranianos de continuar lutando.
“Todos os dias, todas as noites, a Rússia comete o mesmo terror, exceto que um número crescente de objetos civis está se tornando alvo,” disse ele em uma mensagem no Telegram.
As três principais cidades atingidas pela Rússia na segunda-feira estão próximas à linha de frente da guerra, que se estende por cerca de 965 quilômetros.
Em Mykolaiv, localizada a cerca de 60 quilômetros da frente de combate na região de Kherson, cinco pessoas morreram e outra ficou ferida, segundo autoridades locais.
Zaporizhzhia também foi atingida por três poderosas bombas planadoras, matando uma pessoa e ferindo outras 21, informou a Polícia Nacional da Ucrânia.
Em Kryvyi Rih, cidade natal de Zelenskyy, na região de Dnipropetrovsk, um prédio de cinco andares foi atingido por um míssil balístico russo, deixando pelo menos oito feridos. Segundo Oleksandr Vikul, chefe da Administração Militar de Kryvyi Rih, equipes de emergência estavam buscando sobreviventes nos escombros da cidade no centro da Ucrânia.
Enquanto isso, a inteligência ucraniana afirmou ter destruído um helicóptero de ataque russo Mi-24 estacionado no aeródromo Klin-5, na região de Moscou.
O Ministério da Defesa da Rússia relatou que 17 drones ucranianos foram destruídos durante a noite e na manhã de segunda-feira nas regiões russas de Kursk, Belgorod e Voronezh.
A escalada na guerra de drones ocorre em meio a uma mudança de governo em Washington, levando ambos os lados a se prepararem para uma possível alteração na posição dos Estados Unidos em relação ao conflito.
O presidente eleito Donald Trump, que assumirá a Casa Branca em 20 de janeiro, afirmou repetidamente durante sua campanha que traria paz à Ucrânia em 24 horas, mas ainda não detalhou como isso seria alcançado.
Após reportagens na mídia, citando fontes anônimas, sobre uma suposta conversa telefônica entre Trump e o presidente russo Vladimir Putin, a qual o Epoch Times não conseguiu verificar de forma independente, Moscou negou que tenha havido qualquer contato entre os dois líderes. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou: “Isso é completamente falso. É pura ficção, apenas informação falsa. Não houve conversa.”
O Epoch Times entrou em contato com o escritório do presidente eleito para comentários, mas não recebeu resposta até o momento da publicação.
A guerra total entre as duas nações está se aproximando do marco sombrio de 1.000 dias de conflito, com o número de dias desde a invasão em grande escala de Moscou agora totalizando 992.
A Associated Press e a Reuters contribuíram para este artigo.