Na quarta-feira (2), uma bomba americana não detonada da Segunda Guerra Mundial explodiu no Aeroporto de Miyazaki, no sudoeste do Japão, resultando numa cratera de sete metros de largura e um metro de profundidade na pista de táxi.
A explosão forçou o fechamento do aeroporto e causou o cancelamento de mais de 80 voos, segundo o Ministério dos Transportes japonês.
Câmeras de segurança do local capturaram o momento no qual um avião, que se preparava para decolar em direção a Tóquio, passou perto da área da explosão apenas dois minutos antes do ocorrido.
Embora a explosão tenha causado danos à infraestrutura do aeroporto, não houve registros de feridos.
As Forças de Autodefesa do Japão e a polícia iniciaram uma investigação para determinar a causa da detonação repentina da bomba, que havia permanecido enterrada sob a superfície da pista.
Há a suspeita de que o artefato tenha sido lançado durante ataques aéreos aliados, para conter os pilotos kamikazes japoneses na época da guerra.
O secretário-chefe do gabinete japonês, Yoshimasa Hayashi, confirmou que a operação do aeroporto foi suspensa temporariamente, devido ao impacto da explosão, com o objetivo de garantir a segurança de passageiros e funcionários.
Hayashi também anunciou que as autoridades trabalham para retomar os voos o mais rápido possível, com expectativa de que as operações voltem ao normal já na quinta-feira (3).
Bombas continuam enterradas
A história do Aeroporto de Miyazaki é marcada por sua construção em 1943, quando servia como campo de treinamento para pilotos da Marinha Imperial Japonesa.
Muitos destes pilotos, que se tornaram conhecidos como kamikazes, decolaram de lá para suas missões suicidas. Este histórico faz do local um ponto de interesse em relação à presença de artefatos explosivos não detonados.
Autoridades do Ministério da Defesa informaram que bombas não detonadas já foram descobertas anteriormente na área do aeroporto, o que levanta preocupações sobre a segurança em regiões que passaram por combates durante a guerra.
Estima-se que centenas de toneladas de bombas ainda permaneçam enterradas em várias partes do Japão, muitas vezes reveladas em locais de construção e escavação.