Por Alicia Marquez
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, questionou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, no fim de semana no âmbito da cúpula do G-20, sobre os fechamentos massivos devido à pandemia da COVID-19, vacinas, passaportes das vacinas e vacinas aplicadas em crianças, além da origem do vírus, e afirmou que “todas essas medidas desequilibraram a economia”.
“Em todo o mundo, há pessoas que têm que trabalhar para se alimentar. Todas essas medidas tomadas rapidamente desequilibraram a economia. O mundo passou por mais de um ano de confinamento e se continuar assim, a economia entrará em colapso”, afirmou Jair Bolsonaro a Adhanom na cúpula do G-20 em 31 de outubro.
Quanto a isso, Adhanom, respondeu “acho que não precisamos de mais fechamentos”, devido à pandemia da COVID-19, doença causada pelo vírus do PCC (Partido Comunista Chinês).
Por outro lado, Bolsonaro também questionou o diretor-geral da OMS, sobre se ele havia tomado alguma decisão quanto à obrigatoriedade dos passaportes das vacinas.
“Por enquanto não. Não recomendamos porque a taxa de vacinação em vários países ainda é baixa e exigir o certificado poderia ser discriminação”, respondeu Adhanom ao presidente brasileiro.
Jair Bolsonaro, em sua conversa com Tedros Adhanom, também questionou a eficácia das vacinas e afirmou que no Brasil muitas das pessoas que receberam a segunda dose da vacina contra a COVID-19 foram infectadas com a COVID-19.
Ao que o diretor da organização internacional respondeu: “A vacina não previne a COVID, mas previne casos graves e previne a morte”.
No entanto, Bolsonaro respondeu “no Brasil, muitos dos que tomaram a segunda dose morreram”, e Adhanom replicou “Como você disse, pode haver alguns casos como este. Especialmente aqueles que têm comorbidades, algumas outras condições ou estado de saúde subjacente”.
Bolsonaro acrescentou que, no Brasil, “80 por cento são assintomáticos”.
Além disso, Bolsonaro alertou que no Brasil existem governadores e prefeitos que exigem a vacinação obrigatória para as crianças, o que ele considera perigoso, pois “está em jogo a vida de crianças”.
“Não tenho controle sobre as ações da pandemia. Os governadores e prefeitos o têm por decisão do Poder Judiciário. E há governadores e prefeitos exigindo vacinação obrigatória para crianças”, declarou Bolsonaro.
O presidente brasileiro relatou ainda que em qualquer declaração contrária à vacina, os meios de comunicação dizem que se trata de “Fake News”, pelo que acrescentou “ficamos de mãos atadas”, e destacou que “a vida de crianças está em jogo”.
Bolsonaro questionou Adhanom sobre a origem do vírus, e o diretor da organização respondeu “ainda estamos estudando”, uma resposta que levou Bolsonaro a rir.
Bolsonaro mostrou sua posição contra medidas restritivas durante a pandemia da COVID-19, incluindo passaportes da vacina e vacinação obrigatória. A mais recente foi no final de outubro, onde reafirmou que, no que depende do executivo, a vacina contra a COVID-19 não seria obrigatória, nem o governo promulgaria a exigência de passaportes de vacinação como os que municípios e estados pretendem implementar.
Com informações da agência EFE.
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