Por Agência EFE
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou ao receber o presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, que seu governo não cessará em sua busca por aquilo “que os venezuelanos querem: democracia e liberdade”.
Em comunicado conjunto após reunião privada, o chefe de Estado brasileiro disse que Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela pelo Brasil e outros cinquenta países, é “uma esperança” no processo de recuperação da democracia e da “liberdade”.
“Às vezes nos perguntamos como pode um país rico e próspero, com um povo maravilhoso, chegar a uma situação tão caótica” como chegou a Venezuela, disse Bolsonaro, que culpou “a esquerda que gosta tanto dos pobres que acaba multiplicando-os”.
Presidente de Brasil, @jairbolsonaro: A la izquierda le gustan tanto los pobres que terminó convirtiendo a los venezolanos en ellos. Nosotros queremos y apoyamos todas las resoluciones que lleven a la democracia y la libertad. Conéctate #EnVIVO por: https://t.co/H0hJAbOTK8 pic.twitter.com/fOE9GL6nSN
— TVVenezuela Noticias (@TVVnoticias) February 28, 2019
Bolsonaro disse que o Brasil “estava indo por um caminho semelhante, mas o povo acordou em parte nas eleições do ano passado e disse não ao populismo e à demagogia barata que domina a Venezuela”.
Guaidó chegou a Brasília ontem (28) vindo de Bogotá, a bordo de um avião da Força Aérea colombiana, depois de deixar seu país por terra até chegar à Colômbia na última sexta-feira.
Sua transferência para a Colômbia desafiou a proibição de deixar a Venezuela ditada pela justiça chavista, que justificou essa decisão em uma investigação relacionada ao seu juramento como presidente interino em 23 de janeiro.
Presidente de Brasil, @jairbolsonaro: Haremos por ustedes todo los que sea posible desde Brasil, porque nos interesa una Venezuela libre y próspera. Conéctate #EnVIVO por: https://t.co/H0hJAbOTK8 pic.twitter.com/cjtMv2VoWN
— TVVenezuela Noticias (@TVVnoticias) February 28, 2019
Na Colômbia, ele liderou as mobilizações que no sábado tentaram levar à Venezuela a ajuda humanitária doada por vários países e coletada na cidade de Cúcuta, que falharam em meio a sérios incidentes devido ao fechamento das fronteiras ordenado por Nicolás Maduro.
O mesmo aconteceu na fronteira com o Brasil, onde 200 toneladas de alimentos e remédios doados pelo governo Bolsonaro e pelos Estados Unidos ficaram retidos.
Embora o próprio Guaidó tenha dito que planeja voltar a seu país esta semana, a Assembleia Nacional o autorizou a deixar a Venezuela por um período de mais de cinco dias, para que sua viagem possa ser ampliada e inclua visitas a outros líderes sul-americanos. .
Precisamente nesta quinta-feira, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, confirmou em sua conta no Twitter a visita matinal ao país do chefe do Parlamento venezuelano.
O Brasil é membro do Grupo de Lima, um fórum de países americanos que exige a saída de Maduro e que nesta segunda-feira realizou uma reunião em Bogotá, com a presença de Guaidó, na qual ele se comprometeu a continuar trabalhando para a “redemocratização” da Venezuela.
Essa plataforma também rejeitou a possibilidade de intervenção militar na Venezuela e reiterou sua exigência de que eleições “livres” sejam realizadas no país, sob a supervisão da comunidade internacional.