Blinken se reúne com príncipe herdeiro da Arábia Saudita para discutir guerra em Gaza

Por Agência de Notícias
08/01/2024 16:52 Atualizado: 08/01/2024 16:52

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, reuniu-se nesta segunda-feira com o príncipe herdeiro e premiê da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, como parte de sua quarta visita ao Oriente Médio desde o início da guerra na Faixa de Gaza e diante das ameaças de que ela possa se espalhar para outros países da região.

Blinken e Salman reuniram-se a portas fechadas na cidade turística de Al Ula, de acordo com uma foto divulgada pela agência de notícias oficial saudita SPA, que não deu mais detalhes a respeito.

O chefe da diplomacia dos EUA chegou à Arábia Saudita na tarde de hoje, após passar pelos Emirados Árabes Unidos, onde se reuniu com o presidente, Mohamed bin Zayed Al Nahyan, para discutir como evitar a expansão da guerra na Faixa de Gaza em meio ao aumento das tensões no Oriente Médio.

Em Abu Dhabi, Blinken e Nahyan enfatizaram a “importância de trabalhar para evitar a expansão do conflito a fim de que não ameace a paz regional e para criar um horizonte claro rumo a uma paz abrangente e duradoura na região”, de acordo com a agência de notícias local WAM.

Blinken escreveu em sua conta oficial na rede social X (ex-Twitter) que discutiu com Nahyan “os esforços para evitar que o conflito na região se amplie e atender às necessidades humanitárias em Gaza”.

“Ressaltei nosso compromisso contínuo com o estabelecimento de um Estado palestino independente”, acrescentou o americano, que já argumentou anteriormente que uma solução de dois Estados é a maneira mais adequada de acabar não apenas com a guerra na Faixa de Gaza, mas com o histórico conflito israelense-palestino.

A visita de Blinken à Arábia Saudita coincide com a do alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, que se reuniu hoje com o ministro das Relações Exteriores saudita, Faisal bin Farhan, em Al Ula, e reiterou seu compromisso com o estabelecimento de um Estado palestino, sobre o qual existe um amplo consenso internacional.

Logo após a visita à Arábia Saudita, o chefe do Departamento de Estado dos EUA irá a Israel, onde enfatizará a importância de proteger os civis diante da ofensiva implacável contra o território palestino, onde cerca de 23 mil pessoas já morreram em três meses de guerra.