O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse nesta sexta-feira (11) que os Estados Unidos trabalham “arduamente” e “intensamente” para evitar uma nova escalada do conflito no Oriente Médio e para garantir que a diplomacia prevaleça em todas as frentes, incluindo o impasse entre Israel e Irã.
“Estamos trabalhando duro todos os dias para evitar que o conflito se agrave em termos de Líbano, Israel, Irã, houthis (no Iêmen) e todos os atores envolvidos”, citou o chefe da diplomacia dos EUA em entrevista coletiva de imprensa em Vientiane, capital do Turcomenistão, onde ocorre uma cúpula de líderes do Sudeste Asiático.
“Infelizmente, o Eixo de Resistência liderado pelo Irã está tentando criar mais frentes em outros lugares, mas estamos trabalhando arduamente na dissuasão e na diplomacia”, acrescentou.
Os comentários de Blinken foram feitos dois dias depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-minsitro israelense, Benjamin Netanyahu, conversaram por telefone, ocasião em que o americano pediu que os israelenses minimizem os danos aos civis em sua ofensiva no Líbano.
Blinken reiterou nesta sexta-feira as observações de Biden após sua conversa com Netanyahu, na qual o presidente insistiu em um acordo diplomático com o grupo terrorista palestino Hamas, mas reafirmou o direito de Israel de se defender.
“Israel tem o direito de se defender contra os ataques terroristas do Hamas e do Hezbollah, mas também é importante que, ao fazer isso, garanta que os civis sejam protegidos”, analisou.
Os comentários de Blinken foram feitos três dias depois que o Pentágono informou que o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, cancelou uma visita a Washington para se reunir com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, na qual se esperava que eles discutissem a possível resposta de Israel contra o Irã após o ataque ao Estado judeu com cerca de 200 mísseis em 1º de outubro.
A segunda-feira marcou o primeiro aniversário do ataque do grupo terrorista palestino Hamas contra Israel, que deixou cerca de 1.200 mortos e 251 sequestrados, e ao qual Israel respondeu com uma ofensiva militar em Gaza que já matou mais de 42.000 pessoas.
A guerra agora se estendeu ao Líbano, onde Israel intensificou seus bombardeios na tentativa de enfraquecer o Hezbollah, que faz parte da aliança terrorista “Eixo de Resistência” ao lado do Hamas.