O secretário de Estado americano, Antony Blinken, desembarcou nesta segunda-feira em Israel para uma visita oficial de dois dias e pediu calma em meio a tensões entre israelenses e palestinos após vários dias de violência crescente na região.
“É responsabilidade de todos tomar medidas para acalmar as tensões em vez de exacerbá-las”, disse o chefe da diplomacia dos Estados Unidos após aterrissar no Aeroporto Internacional Ben Gurion vindo do Egito, como parte de uma breve viagem ao Oriente Médio.
Além disso, Blinken destacou que durante sua visita transmitirá às lideranças palestina e israelense a necessidade de “parar a crescente onda de violência que está ceifando muitas vidas”.
Estas declarações ocorrem em um contexto de tensão acentuada na região, após uma série de ataques palestinos e incursões militares israelenses, que deixaram mais de 20 mortos em menos de uma semana.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, se encontrou com Blinken e o agradeceu pelas “condenações inequívocas ao terrorismo” feitas pelos Estados Unidos após os recentes ataques palestinos e fez referências à cooperação em questões regionais.
A visita de Blinken, a de mais alto nível dos EUA desde que Benjamin Netanyahu se tornou primeiro-ministro em dezembro do ano passado, também buscará expandir as parcerias econômicas e a promoção da segurança bilateral, detalhou o Departamento de Estado americano.
O secretário de Estado deve se reunir hoje com Netanyahu, Cohen e o presidente israelense, Isaac Herzog.
Na terça-feira, deve se encontrar em Ramallah com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, com quem pretende discutir a cooperação de segurança com Israel, suspensa após os incidentes dos últimos dias.
Em sua passagem pelo Egito, Blinken já havia pedido a redução das tensões após o início da violência entre israelenses e palestinos, ao mesmo tempo em que destacou a “importância de trabalhar por uma solução de dois Estados” para o conflito israelense-palestino.
Na sexta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, conversou com Netanyahu para condenar um ataque palestino a um assentamento na parte ocupada de Jerusalém Oriental que deixou sete mortos.
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