Blinken alerta sobre rearmamento ‘provocador e perigoso’ da China

23/02/2021 14:12 Atualizado: 23/02/2021 19:14

Por Agência de Notícias

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken , alertou na segunda-feira, em seu primeiro discurso na Conferência de Desarmamento de Genebra, sobre os programas de desenvolvimento de armas “provocadores e perigosos” na China, país ao qual pediu maior transparência  no assunto.

O chefe da diplomacia norte-americana também pediu que a China e a Rússia se envolvessem mais no desenvolvimento de normas para “comportamento responsável no espaço sideral” e sugeriu, a esse respeito, que governos como a Rússia parassem de conduzir testes de armas perigosas.

“Devemos reduzir as tensões no espaço, não piorá-las”, disse Blinken, que, no entanto, afirmou que Washington já demonstrou nos primeiros meses da presidência de Joe Biden sua disposição em discutir sistemas de controle de armas e outras questões de segurança com Moscou.

Em relação ao Irã, o secretário de Estado denunciou seu “comportamento desestabilizador na região”, embora tenha afirmado que os Estados Unidos continuam comprometidos com o uso principalmente da diplomacia, para garantir que aquele país não tenha armas nucleares.

“Se o Irã cumprir estritamente o JCPOA (acordo nuclear de 2015) novamente, estamos prontos para fazer o mesmo”, enfatizou Blinken, parafraseando comentários recentes do presidente Biden.

Ele também enfatizou que os EUA continuarão a se concentrar em conseguir a desnuclearização na Coreia do Norte, trabalhando ao lado de seus aliados e parceiros para lidar com o desenvolvimento ilegal de armas de destruição em massa e programas de mísseis balísticos pelo regime de Kim Jong-un.

Na questão das armas químicas, Blinken nomeou novamente a Rússia, denunciando seu apoio ao regime sírio no desenvolvimento dessa arma, que tem usado contra sua própria população, enquanto Moscou a tem usado para tentar assassinar seus críticos, como no caso recente de Alexei Navalny.

“Os Estados Unidos estão aqui para trabalhar, cooperar e usar a Conferência sobre Desarmamento novamente para criar acordos sérios e inovadores que se protejam mutuamente”, concluiu o secretário de Estado.

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