O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reunirá na próxima segunda-feira com o líder do Partido Comunista Chinês (PCCh), Xi Jinping, em Bali, na Indonésia, antes da cúpula do G20, no primeiro encontro entre eles desde a chegada do americano à Casa Branca.
Karine Jean-Pierre, porta-voz do governo dos EUA, anunciou em comunicado que os dois líderes conversarão sobre “os esforços para manter e aprofundar as linhas de comunicação” entre Estados Unidos e China, assim como para “administrar a competição bilateral de forma responsável”.
A representante da Casa Branca afirmou que os dois presidentes também falarão sobre os esforços para trabalhar conjuntamente quando os interesses de EUA e China estiverem alinhados, “especialmente, em objetivos transnacionais que afetem a comunidade internacional”.
Ontem, em entrevista coletiva concedida na Casa Branca, Biden afirmou que não fará concessões a Xi, apesar de que ainda não tivesse sido confirmada a reunião entre ambos. O presidente americano disse não buscar o conflito, mas sim a concorrência com a China.
“Quando falarmos, quero estabelecer quais são os limites para cada um. Quero entender o que é que ele pensa ser parte dos interesses nacionais e determinar se isso está em conflito ou não como o que é parte dos interesses chave dos Estados Unidos”, disse o presidente dos EUA.
As tensões entre Washington e Pequim aumentaram nos últimos meses, após a viagem da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, à Taiwan, em agosto, o que o governo chinês respondeu com um aumento de manobras militares.
Biden adiantou, também na quarta-feira, que Taiwan – aliado dos Estados Unidos que a China considera uma província rebelde – certamente, será parte das conversas com Xi Jinping.
Além disso, afirmou que serão abordados temas como o tratamento de Pequim às nações vizinhas e o “comércio justo”, já que Biden manteve alguns dos impostos que Donald Trump impôs ao país asiático, em meio a guerra comercial de 2018.
Os dois governos estão se preparando há meses para esse encontro, que seria o primeiro feito pessoalmente desde que Biden chegou à Casa Branca, em janeiro de 2011. Desde então, os presidentes conversaram cinco vezes por telefone.
Uma funcionária do alto escalão do governo americano disse hoje à jornalista que não é esperado qualquer acordo da reunião, já que os principais objetivos são “aprofundar o entendimento” e reduzir mal-entendidos e erros de percepção.
Os líderes ainda falarão de assuntos globais, como a invasão da Rússia à Ucrânia e as provocações da Coreia do Norte.
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