O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pedirá ao seu homólogo da China, Xi Jinping, um “papel construtivo” para conter a Coreia do Norte, durante a reunião bilateral que ambos os líderes realizarão na ilha indonésia de Bali, segundo informou a Casa Branca neste sábado.
O assessor do presidente dos EUA para Segurança Nacional, Jake Sullivan, antecipou hoje durante uma conversa com a imprensa no avião presidencial parte dos pontos que Biden discutirá com Xi, entre os quais destacou as “ações temerárias” de Pyongyang.
Biden insistirá que a Coreia do Norte representa “uma ameaça não apenas aos Estados Unidos (…), mas à paz e à estabilidade em toda a região”, disse Sullivan, durante a rota para o Camboja, onde Biden participa a partir de hoje da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e seus principais parceiros.
O regime norte-coreano intensificou recentemente seus lançamentos de testes de mísseis, alimentando temores de que Pyongyang realizará seu sétimo teste nuclear.
“Se a Coreia do Norte continuar nesse caminho, isso significará simplesmente um aumento da presença militar e de segurança dos EUA na região. É do interesse da China desempenhar um papel construtivo na contenção das piores tendências da Coreia do Norte. Se decidem fazê-lo ou não, depende deles”, comentou o assessor.
Na quarta-feira, o próprio Biden anunciou que Taiwan, aliado de Washington que a China considera uma província rebelde, certamente fará parte das conversas com o líder chinês.
Além disso, antecipou que irão falar sobre outros assuntos, como o tratamento de Pequim a seus vizinhos e o “comércio justo”, já que Biden manteve algumas das tarifas que seu antecessor Donald Trump (2017-2021) impôs à China no início da guerra comercial entre os dois países em 2018.
Os dois governos preparam há meses o encontro, que será o primeiro presencial desde que o americano chegou à Casa Branca em janeiro de 2021, embora ambos tenham se falado por telefone em cinco ocasiões nos últimos 20 meses.
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