Matéria traduzida e adaptada do inglês, originalmente publicada pela matriz americana do Epoch Times.
O presidente Joe Biden defendeu Israel depois que o promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, solicitou mandados de prisão para líderes israelenses e do Hamas, alegando crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
“Deixe-me ser claro: rejeitamos o pedido do TPI para mandados de prisão contra líderes israelenses”, o presidente Biden disse em um evento do Mês do Patrimônio Judaico Americano na Casa Branca na segunda-feira.
O presidente Biden refutou as alegações do promotor de que os líderes israelenses cometeram crimes de guerra contra civis palestinos em Gaza, declarando: “O que está acontecendo [no enclave] não é genocídio”.
“Independentemente do que esses mandados possam implicar, não há equivalência entre Israel e o Hamas”, disse ele. O presidente Biden também emitiu uma declaração afirmando o compromisso de Washington com a segurança de Israel.
O Sr. Khan solicitou mandados de prisão em 20 de maio para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e para o ministro da Defesa Yoav Gallant por supostamente permitir que o exército israelense usasse a fome como método de guerra em sua resposta contínua aos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023 e por permitir ataques que supostamente visaram populações civis em Gaza.
“Afirmamos que os crimes contra a humanidade acusados foram cometidos como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil palestina de acordo com a política do Estado. Esses crimes, em nossa avaliação, continuam até hoje”, disse o Sr. Khan em uma declaração.
Os mandados de prisão solicitados também têm como alvo três líderes do Hamas — Yahya Sinwar, Mohammed Deif e Ismail Haniyeh — pelos assassinatos e sequestros que os terroristas do Hamas cometeram quando entraram no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, e por alegações de violência sexual e tortura durante o ataque de 7 de outubro contra Israel.
Blinken questiona a investigação do promotor do TPI
O Secretário de Estado Antony Blinken também rejeitou os pedidos de mandado e criticou Khan por equiparar as ações dos líderes israelenses às dos terroristas do Hamas.
“É vergonhoso. O Hamas é uma organização terrorista brutal que realizou o pior massacre de judeus desde o Holocausto e ainda mantém dezenas de pessoas inocentes como reféns, inclusive americanos”, disse ele em um comunicado.
Blinken disse que as ações do promotor poderiam prejudicar os esforços do governo Biden para negociar um acordo de cessar-fogo que visa garantir a libertação dos reféns e aumentar a entrega de ajuda humanitária a Gaza.
Ele reiterou que o tribunal não tem jurisdição sobre a guerra entre Israel e Hamas, acrescentando que Israel estava preparado para cooperar com o Sr. Khan e sua investigação, apesar de não ser membro do TPI.
Blinken acrescentou que a equipe do Sr. Khan deveria ter chegado a Israel em 20 de maio para coordenar uma reunião com o governo israelense. No entanto, as autoridades israelenses foram informadas mais tarde que a equipe de Khan não embarcou em seu voo, mais ou menos na mesma época em que Khan foi à televisão a cabo para anunciar as acusações contra os líderes israelenses.
“Essas e outras circunstâncias colocam em dúvida a legitimidade e a credibilidade dessa investigação”, disse Blinken.
O líder israelense emitiu uma declaração condenando os pedidos de mandado do Sr. Khan, chamando a ação de “uma farsa da justiça”. O Sr. Netanyahu disse que percebe isso como uma tentativa de negar o direito de autodefesa de Israel.
“As acusações absurdas do promotor contra mim e o ministro da Defesa de Israel são apenas uma tentativa de negar a Israel o direito básico de autodefesa”, disse Netanyahu.
“E eu lhes garanto uma coisa: essa tentativa fracassará totalmente”, acrescentou.
Netanyahu criticou o promotor do TPI por criar “uma equivalência moral distorcida e falsa entre os líderes de Israel e os capangas do Hamas”.
“Isso é como criar uma equivalência moral após o 11 de setembro entre o presidente Bush e Osama Bin Laden, ou durante a Segunda Guerra Mundial entre FDR [presidente Franklin D. Roosevelt] e Hitler”, afirmou.
“Não obstante as calúnias de sangue que o Sr. Khan proferiu, Israel continuará a travar essa guerra em total conformidade com a lei internacional”, acrescentou o líder israelense.
Ryan Morgan contribuiu para este notícia.