Por Eva Fu
O presidente Joe Biden ignorou as preocupações sobre um potencial conflito armado com a China, relatando que deixou claro ao líder chinês que a relação entre eles é de competição mais do que é de conflito.
“Estou preocupado com um conflito armado ou algo acontecendo acidentalmente com a China? Não, não estou”, afirmou em uma entrevista coletiva no dia 2 de novembro em Glasgow.
Biden afirma que transmitiu a mensagem em conversas telefônicas anteriores com seu homólogo chinês, Xi Jinping, que “isso é competição, não precisa ser um conflito”, e continuará a fazê-lo em uma próxima cúpula virtual com Xi no final do ano, data ainda especificamente incerta.
“Não há razão para haver conflito” declarou o presidente. “Mas eu indiquei, e (…) não estou relutante em dizer-publicamente, esperamos que sigam as regras da estrada”.
Os Estados Unidos não “mudarão suas atitudes” sobre certos temas, como os “que constituem o espaço aéreo internacional e as rotas marítimas internacionais”, afirmou.
“Não estou procurando, não prevejo que haja necessidade de (…) conflito físico”, declarou Biden.
“Meu pai tinha uma expressão. Ele dizia: ‘O único conflito pior do que o pretendido é um não intencional'”, relatou, acrescentando que usará a cúpula virtual para garantir que não haja mal-entendidos.
Xi não participou da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26), mas em vez disso enviou uma declaração por escrito pedindo aos “países desenvolvidos” que “façam mais” e “forneçam apoio às nações em desenvolvimento” na redução de emissões, sem oferecer novos compromissos.
Biden em 2 de novembro expressou desapontamento com os objetivos climáticos medíocres de Xi.
“Acho que foi um grande erro, francamente, para a China – o fato de a China não aparecer”, afirmou. “O resto do mundo vai olhar para a China e dizer: ‘Que valor agregado eles estão trazendo?’ E eles perderam a capacidade de influenciar as pessoas ao redor do mundo e todas as pessoas aqui na COP”
Em um evento público no dia 21 de outubro, Biden respondeu a uma pergunta sobre as evidências relatadas pela China de um míssil hipersônico no qual afirmou que Pequim “sabe que temos o exército mais poderoso da história do mundo”.
“Não quero uma guerra fria com a China, só quero que a China entenda que não vamos recuar e que não vamos mudar nenhuma de nossas opiniões”, declarou.
A ausência de Xi na reunião sobre o clima foi uma escolha calculada, afirmam alguns analistas.
A China está atualmente enfrentando uma crise de energia que se espalhou para mais da metade das províncias do país e ameaça prejudicar seu setor manufatureiro e perturbar a vida de milhões de pessoas durante o inverno. O racionamento de energia contribuiu para os recentes apagões de energia na China e, em resposta, Pequim recentemente ordenou que as minas de carvão expandissem a produção.
Lin Xiangyi, professor de economia da Universidade Nacional de Taiwan, acredita que não há solução de curto prazo para os problemas de energia da China.
“Qualquer plano de curto prazo para resolver esses problemas ambientais domésticos seria caro e demorado”, relatou Lin ao Epoch Times. “Se eu não for, não preciso fazer promessas no curto prazo e posso gastar um pouco de tempo procurando uma proposta que todos considerem aceitável”, continuou, analisando a decisão de Xi de não participar do evento.
Embora Biden queira que Pequim “siga as regras”, Pequim aparentemente tem seu próprio manual.
Enquanto a cúpula da mudança climática em Glasgow continuava, em 2 de novembro, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, pareceu pedir a Washington que suavizasse suas políticas sobre a China em troca da cooperação da China no clima.
“Não se pode pedir à China que reduza a produção de carvão, por um lado, e ao mesmo tempo imponha sanções às empresas fotovoltaicas chinesas”, afirmou em um comunicado diário.
O Departamento do Trabalho dos EUA adicionou polissilício de fabricação chinesa, um material importante para painéis solares, à sua “Lista de produtos produzidos por trabalho infantil ou trabalho forçado” em junho por supostas violações dos direitos humanos relacionadas à região de Xinjiang, onde Pequim está cometendo uma grande repressão à etnia mulçumana. A fabricante de silício Hoshine Silicon Industry e várias outras empresas de equipamentos de energia foram adicionadas a uma lista negra de comércio dos EUA no mesmo dia.
Com informações de Luo Ya.
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