O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta segunda-feira que vai continuar a impor custos ao Irã “pelas suas ações provocadoras” na região do Golfo e comemorou a recente libertação de “cinco americanos inocentes”.
“Hoje sancionamos o ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad e o Ministério de Inteligência iraniano em virtude da Lei Levinson pelo seu envolvimento em detenções indevidas. E vamos continuar a impor custos ao Irã por suas ações provocadoras na região”, afirmou em comunicado.
Cinco cidadãos americanos deixaram o Irã na segunda-feira, no âmbito de uma troca de dez prisioneiros entre Washington e Teerã, que também incluiu o descongelamento de uma quantia bilionária do país islâmico.
Os americanos liberados no Irã são Siamak Namazi, Emad Shargi, Morad Tahbaz e dois outros que optaram por não revelar as suas identidades.
Todos eles saíram da prisão em agosto e foram colocados em prisão domiciliar em um hotel enquanto aguardavam os pormenores de uma troca de prisioneiros negociada entre os governos dos EUA e do Irã em negociações em Omã e no Catar.
Em comunicado, Biden agradeceu aos governos de Catar, Omã, Suíça e Coreia do Sul pelos “seus esforços incansáveis” para ajudar a alcançar este resultado.
“Agradeço especialmente ao emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad, e ao sultão de Omã, Haitham bin Tariq, que ajudaram a facilitar este acordo durante muitos meses de diplomacia difícil”, frisou.
Biden recordou os americanos que “não retornaram, como o ex-agente do FBI desaparecido no Irã em 2007, Bov Levinson, que deu nome à lei que permite sancionar o Irã pela retenção de cidadãos americanos.
“Apelo ao regime iraniano para que preste todas as contas sobre o que aconteceu com Bob Levinson. A família Levinson merece respostas”, declarou o presidente, que lembrou a todos os americanos “o risco de viajar para o Irã”. Os titulares de passaportes americanos, acrescentou, “não devem viajar para lá”.
O Irã tem sido acusado de utilizar cidadãos com dupla nacionalidade e prisioneiros estrangeiros como medida de pressão ou para troca de prisioneiros com outros Estados, uma prática descrita como “diplomacia de reféns”.
Em entrevista à emissora “CNN”, o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, afirmou que este acordo entre Irã e EUA “infelizmente” não representa uma aproximação entre os dois países, que cortaram relações após a revolução islâmica iraniana de 1979 e a tomada de reféns na embaixada dos EUA.
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