Bélgica garante que cumprirá mandado de prisão da Corte de Haia contra Netanyahu

Por Agência de Notícias
28/11/2024 18:36 Atualizado: 28/11/2024 18:36

O primeiro-ministro em exercício da Bélgica, Alexander De Croo, confirmou nesta quinta-feira (28) que seu país cumprirá o mandado de detenção emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, caso este entre em território belga.

“A Bélgica assumirá sua responsabilidade. Se essa pessoa estiver no nosso território, o mandado de prisão deve ser executado”, disse De Croo na Câmara de Representantes belga, após ser questionado por deputados do partido de extrema-esquerda PVDA-PTB e do partido verde Ecolo.

O primeiro-ministro belga afirmou que “é crucial” para o país “que os crimes graves não fiquem impunes e que as vítimas sejam ouvidas e indenizadas”.

“Sem justiça, nunca poderá haver paz duradoura”, acrescentou.

No último dia 21 de novembro, o TPI, com sede em Haia, na Holanda, emitiu mandados de prisão contra Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, acusados ​​de crimes de guerra no contexto da ofensiva israelense na Faixa de Gaza, que está em curso há mais de um ano.

A Corte de Haia também emitiu um mandado de prisão contra o líder do Hamas, Diab Ibrahim Al-Masri, mais conhecido como Mohammed Deif.

Em resposta a essa medida do TPI, Benjamin Netanyahu confirmou na véspera que irá recorrer contra o mandado de prisão.

Na comunicação que enviou ontem ao TPI, organização que não reconhece, Israel considerou que este mandado de detenção “revela detalhadamente quão implausível e carente de base factual ou jurídica” foi a decisão da sua emissão.

Além da Bélgica, outros países anteciparam que cumprirão ordem da Corte de Haia. Hoje mais cedo, o ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel Albares, assegurou que o governo aplicaria o mandado de prisão caso Netanyahu visitasse a Espanha.

A Itália e a Holanda também garantiram dias atrás que prenderão o primeiro-ministro israelense se ele pisar em seus territórios.