Por Zachary Stieber
O bebê que foi visto passando por uma multidão à espera do lado de fora do aeroporto em Cabul, Afeganistão, onde recebeu tratamento e se reuniu com seus pais, informou o Pentágono na sexta-feira.
“O pai pediu aos fuzileiros navais que cuidassem do bebê porque ele estava doente”, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, a repórteres em Washington.
“Assim, o fuzileiro naval visto no muro o levou a um hospital norueguês no aeroporto. Eles trataram a criança e a devolveram ao pai”, acrescentou.
Kirby chamou o incidente de “um ato de compaixão” e disse não ter conhecimento de nenhum incidente semelhante.
Milhares de afegãos estão esperando do lado de fora do Aeroporto Internacional Hamid Karzai, controlado pelos Estados Unidos, para tentar obter vistos especiais que lhes permitam viajar para os Estados Unidos ou outro país.
As autoridades norte-americanas estão preparando um espaço para dezenas de milhares de cidadãos afegãos, concedendo vistos aos que ajudaram as tropas americanas durante décadas de guerra, bem como aos afegãos que correm o risco de serem atacados pelo Taleban se permanecerem em seu país.
O soldado americano que admitiu o bebê no aeroporto fazia parte da 24ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais, confirmou o porta-voz do Corpo de Fuzileiros Navais, Major Jim Stenger, à mídia.
“Este é um verdadeiro exemplo do profissionalismo dos fuzileiros navais no local, que estão tomando decisões rápidas em uma situação dinâmica em apoio às operações de evacuação”, disse ele em um comunicado.
A cena caótica em Cabul, que inclui americanos e outros estrangeiros tentando passar pelos postos de controle do Taleban para chegar ao aeroporto, levou a momentos dramáticos, como o bebê sendo passado por cima do muro.
Em outra ocasião esta semana, 823 cidadãos afegãos embarcaram em uma aeronave US C-17 Globemaster III e voaram para os Estados Unidos. Isso estabeleceu um novo recorde para a aeronave, disseram os militares, após revelar que inicialmente não havia contado as 183 crianças a bordo.
Os afegãos correram para o avião vazio e se amontoaram. A tripulação decidiu decolar em vez de obrigar as pessoas a ficarem em seu país.
Os militares americanos também divulgaram esta situação como um exemplo de que as tropas americanas agiram com humanidade e habilidade. O comandante do avião disse que as tropas estavam salvando vidas.
“Muitas pessoas falam sobre padrões e capacidade. Fomos treinados para lidar com isso, para aproveitar ao máximo aquele avião. Temos mulheres, crianças e a vida das pessoas em jogo. Não é sobre a capacidade ou as regras e regulamentos, mas sobre o treinamento e as orientações que fomos capazes de dar para ter certeza de que conseguiríamos tirar tantas pessoas com segurança e eficácia”, disse Tenente Coronel Eric Kut, comandante da missão.
As tropas americanas devem permanecer no Afeganistão até 31 de agosto, embora as autoridades tenham sugerido que essa data será adiada se as evacuações não forem concluídas até lá.
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