Por Roberto Rachewsky, Instituto Liberal
O BDS (sigla que significa “Boicote, desinvestimento e sanções”) não é apenas um movimento antissionista e antissemita, ele é também anti-cristão e anti-palestino.
O BDS é declaradamente antissionista, mas esconde sua faceta antissemita, porque ser descaradamente antissemita não é uma postura que a sociedade aceita. Boa parte da sociedade aceita o antissemitismo mas não o antissemitismo descarado. O BDS é antissemita quando quer descolar judaísmo de Israel, a religião da terra onde ela foi criada. O BDS também é anti-cristão porque todos os cristãos reconhecem que Cristo era judeu e vivia em Belém. Como outros judeus que ousaram rebelar-se contra o status quo, Cristo sofreu nas mãos dos romanos até ser crucificado e morto, servindo de mártir e inspirando a origem de uma outra religião.
Assim como os romanos mataram Cristo, aquele judeu nascido em Belém, eles também acabaram expulsando os judeus de seu sítio natal, Israel, o que incluía o local onde Cristo havia nascido e onde hoje existe a Cisjordânia ou Palestina.
Se o BDS existisse na época de Cristo e Cristo quisesse se restabelecer em Belém depois de sua ressurreição, teria a oposição do BDS. Cabe lembrar que Belém também foi a cidade natal de David, lugar onde acabou sendo coroado rei de Israel.
Todo mundo sabe que para que uma sociedade prospere é preciso combinar liberdade e conhecimento. Essa composição é o que faz com que Israel produza tanto valor para o mundo em todas as áreas da atividade humana. Ninguém mais do que Israel tem sabido combinar liberdade e conhecimento. Por que então esse desenvolvimento social e econômico que Israel produz para o mundo, vivenciando-o ao fazê-lo, não se estende aos locais limítrofes, como a Cisjordânia ou Gaza? Porque lá imperam a coerção e a ignorância promovidas pelas facções terroristas travestidas de governos que controlam aquelas regiões. É nesse sentido que o BDS é anti-palestino; porque somente o Estado de Israel, com sua população formada por judeus, muçulmanos e cristãos de variadas etnias, detém o gosto pela liberdade institucionalizada e pelo conhecimento científico sistematizado para criar valor e riqueza para aquele povo sofrido que vive sob a opressão de seus próprios governantes.
Ser antissemita, anti-cristão, anti-palestino, anti-capitalista como é o BDS é ser a favor de um mundo perverso, desumano, miserável. Defender o boicote, desinvestindo e sancionando negativamente a criação de valor baseada na liberdade e no conhecimento, bens cujo valor inestimável formam o espírito do desenvolvimento humano visível a olhos nus em Israel, é uma atrocidade que segue a filosofia que construiu o nazismo e o comunismo: a filosofia do sofrimento e da morte.
O BDS deve ser boicotado em nome da humanidade.