Por Agência Brasil
O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) emitiram hoje (25) uma carta conjunta solicitando “alívio imediato de dívidas aos países mais pobres do mundo”. De acordo com o documento, a abrangência da pandemia de covid-19 vai além da esfera da saúde, e terá “consequências econômicas e sociais severas” para nações que abrigam largas parcelas de pessoas em condições desfavoráveis.
O ofício pede que instituições financeiras de países que fazem parte da Associação Internacional de Desenvolvimento suspendam pagamentos e cobranças de dívidas. Esses países abrigam um quarto da população mundial geral e dois terços da população mundial que vive em extrema pobreza e serão os mais afetados pela pandemia.
“Isso ajudará as necessidades imediatas de liquidez dos países da Associação Internacional de Desenvolvimento para enfrentar os desafios impostos pelo surto de coronavírus e permitir tempo para uma avaliação do impacto da crise e das necessidades de financiamento de cada país”, afirma o documento assinado pelas instituições.
A maioria dos 76 países que recebem apoio da Associação Internacional de Desenvolvimento tem renda nacional bruta per capita abaixo de 1.175 dólares
Leis nacionais
O Banco Mundial e o FMI disseram que a suspensão do pagamento da dívida, consistente com as leis nacionais dos países credores, proporcionará “uma sensação global de alívio aos países em desenvolvimento” e enviará um forte sinal aos mercados financeiros.
Eles solicitaram às 20 maiores economias do mundo (G20) para apoiarem seu pedido de ação. Os líderes do G20 devem realizar uma cúpula virtual na quinta-feira a fim de discutir um plano de ação para lidar com a pandemia, o que deve incluir medidas econômicas de suporte.
O Banco Mundial e o FMI convidaram os líderes do G20 a avaliar o impacto da crise e as necessidades financeiras de cada um dos países da Associação Internacional de Desenvolvimento, incluindo a identificação daqueles com situações insustentáveis de dívida, e a prepararem uma proposta de ação abrangente por credores bilaterais oficiais.