Por Reuters
BERLIM – A agência federal de cibersegurança da Alemanha está investigando se a Huawei Technologies, da China, pode ser uma ameaça à segurança após advertências de outros países, informou o grupo de jornais Funke em 8 de fevereiro, citando o ministro da Economia, Peter Altmaier.
Altmaier disse à Funke que as conversas sobre padrões de segurança para a rede móvel estão em andamento, acrescentando que a Alemanha precisa se proteger “em todas as áreas sensíveis, de hospitais a telecomunicações”. Ele também disse que o Escritório Federal de Segurança da Informação (BSI) foi ativado.
Seus comentários pareciam contrariar os relatos de que Berlim havia chegado a um consenso de não excluir a Huawei da construção de redes 5G de próxima geração, decidindo, em vez disso, impor regras de conformidade mais rígidas aos fornecedores estrangeiros.
Fontes do governo disseram à Reuters que os ministros alemães discutiram na quarta-feira como proteger a segurança nas futuras redes móveis 5G, em meio a um intenso debate sobre a possibilidade de deixar a Huawei fora do mercado.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que a Alemanha precisa de garantias de que a Huawei não entregará dados ao regime chinês antes de poder participar da construção de redes de quinta geração que conectarão tudo, de veículos a fábricas, a velocidades muito maiores.
A Huawei, líder do mercado de redes globais com vendas anuais superiores a US$ 100 bilhões, enfrenta o escrutínio internacional de seus laços com o regime chinês sob a suspeita de que Pequim poderia usar sua tecnologia para espionagem. A empresa negou repetidamente as alegações que levaram vários países ocidentais a restringir o acesso da Huawei a seus mercados.
Five Eyes é uma aliança de inteligência que compreende os países anglófonos da Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos. Todos, exceto o Canadá, proibiram a Huawei de ajudar a construir uma nova rede de alta velocidade. Mas o governo canadense disse que está avaliando o risco de usar os produtos da Huawei.
Por Tassilo Hummel & Paul Carrel. O Epoch Times contribuiu com esta reportagem.