O homem que fez um grupo de passageiros reféns em um trem na Suíça era um solicitante de asilo de 32 anos de nacionalidade iraniana, e seu ato teve a ver com as condições desse status e seu “desejo insistente” de ter contato com uma funcionária de um centro que recebe refugiados em Genebra, informou nesta sexta-feira a polícia.
Na operação para libertar os 13 reféns, que foram mantidos em cativeiro por cerca de quatro horas, o sequestrador foi morto, pois claramente pretendia atacar os policiais com um machado.
O solicitante de asilo se sentia perseguido na Suíça, apresentava sinais de desequilíbrio psicológico e já tinha sido objeto de um aviso de desaparecimento com risco de suicídio, pelo qual havia sido internado em um hospital psiquiátrico.
Sua chegada à Suíça foi registrada em agosto de 2022, após uma longa jornada migratória que começou na Grécia e o por alguns países europeus, em alguns dos quais ele alegou ter sido vítima de maus-tratos, de acordo com informações obtidas pela televisão pública suíça, a “RTS”.
Sabe-se também que ele solicitou asilo com argumentos de perseguição política, mas que seu caso ainda estava sendo avaliado.
Os serviços de segurança não o identificaram por nenhum crime grave ou suspeita de radicalização, de acordo com as informações coletadas.
Durante o sequestro, as vítimas foram mantidas em um vagão de trem na estação Essert-sous-Champvent, entre as cidades de Baulmes e Yverdon-les-Bains.
A intervenção de resgate permitiu que todos os reféns fossem libertados são e salvos.