Por Brad Jones
Uma gravação de áudio vazada revela dois professores em uma recente conferência da Associação de Professores da California (CTA) debochando dos pais sobre suas preocupações quanto a doutrinação homossexual e transgênero na escola, afirma uma fonte que compareceu ao evento em Palm Springs, Califórnia.
A gravação, obtida pelo Epoch Times, capturou dois professores da sétima série empregados pela Buena Vista Middle School, em Salinas, na Califórnia, declarando para outros professores como recrutar alunos para clubes LGBTQ, também conhecidos como clubes “Gay-Straight Alliance” (GSA), na escola.
“Foi horrível ouvir não apenas um professor, mas todos os professores em todos esses seminários, criticando os pais”, afirmou a fonte, que atende pelo pseudônimo de Rebecca Murphy.
Murphy participou da conferência do sindicato de professores no final de outubro. Ela relatou ao Epoch Times que os professores “debocham” dos pais por suas preocupações e sugerem saber melhor do que os pais sobre o que é melhor para seus filhos.
“Eles riram dos pais”, relatou Murphy.
A esgotada conferência da CTA, anunciada como a “Conferência de 2021 sobre Questões LGBTQ+, Além do Binário: Identidade e Imaginando Possibilidades”, foi realizada de 29 a 31 de outubro.
A CTA tem hospedado treinamentos semelhantes de desenvolvimento profissional em “Orientação Sexual e Identidade de Gênero” (SOGI), pelo menos durante os últimos dois anos, de acordo com um aviso de evento publicado no site da Professores Unidos de Los Angeles (UTLA), o qual pede a professores: “você tem a bravura para criar um ambiente seguro que promove a coragem para explorar a orientação sexual, identidade e expressão de gênero?”
No entanto, de acordo com Murphy, a conferência em Palm Springs pareceu incluir professores mostrando a outros professores como minar a autoridade dos pais e administradores escolares e ocultar deles atividades relacionadas à inclusão de gênero e orientação sexual.
Os professores na conferência também sugeriram que os pais que se recusam a chamar seus filhos por pronomes da escolha da criança devem ser presos e acusados de abuso infantil, relatou Murphy.
As três aulas que Murphy frequentou foram projetadas para recrutar alunos do ensino médio para os clubes GSA, declarou.
“O tema geral das aulas que participei foram os professores da Califórnia instruindo outros professores sobre como entrar furtivamente no currículo LGBTQ+ de maneira a não alertar os pais”, afirmou Murphy.
Os dois professores da Buena Vista Middle School conduziram um workshop chamado “Como administramos um ‘GSA’ em Comunidades Conservadoras”, e descreveram os obstáculos que enfrentaram como professores ativistas para ocultar dos pais as atividades desses clubes.
No clipe de áudio, um professor aconselhou outros professores que lideram clubes LGBTQ a manterem um ar de negação plausível para que possam se “fingir de bobo” se forem questionados pelos pais.
“Porque não somos oficiais, não temos listas de clubes. Não mantemos nenhum registro”, afirmou o professor, que também é líder de um clube LGBTQ. “Na verdade, às vezes não queremos realmente manter registros, porque se os pais ficarem chateados com a vinda de seus filhos, nós podemos agir com, ‘é, eu não sei. Talvez eles tenham vindo?’ Você sabe, nós nunca queremos que uma criança tenha problemas por comparecer se seus pais estiverem chateados”.
Outra professora apoiou o primeiro professor, sugerindo para que professores ativistas disfarçassem a natureza dos clubes GSA chamando-os de algo menos óbvio. Ela deu um exemplo desse disfarce, apontando que evitou chamar seu clube LGBTQ de GSA. Em vez disso, ela o chamou de “Clube de Igualdade” e mais tarde mudou o nome para clube “Seja Você Mesmo”.
Os professores se gabavam de espionar as pesquisas e atividades online dos alunos, bem como de espionar suas conversas para identificar e recrutar alunos da sexta série para esses clubes LGBTQ, cujas listas de membros são mantidas ocultas dos pais.
“Nós perseguimos totalmente o que eles estavam fazendo no Google”, afirmou um dos professores.
A Buena Vista Middle School está sob a jurisdição do Spreckels Union School District (SUSD). Outro distrito próximo, Salinas Union High School District (SUHSD) tem sido um centro de controvérsia sobre seu programa obrigatório de estudos étnicos na nona série, que ensina elementos da teoria racial crítica.
O presidente do conselho do SUSD, Steve McDougall, o superintendente Eric Tarallo e os membros do conselho escolar não responderam às perguntas do Epoch Times sobre o áudio vazado.
Apresentação anti-bullying
Os professores também discutiram uma apresentação anual anti-bullying que fornecem aos alunos e afirmaram que as questões LGBTQ não foram os únicos tópicos que discutiram.
“Também cobrimos diferenças religiosas, raça, origens culturais, situação de pobreza familiar – tudo o que está listado no manual dos Direitos dos Pais”, afirmou um dos professores.
No entanto, quando as crianças foram para casa e falaram com os pais sobre a apresentação, os pais reclamaram do conteúdo LGBTQ. Um dos professores sugeriu uma estratégia diferente para evitar a resistência dos pais.
“No próximo ano, vamos fazer apenas um pequeno truque mental em nossos alunos da sexta série. Eles foram os últimos a passar por esta apresentação e as questões de gênero foram a última coisa que falamos. Então, no ano que vem, eles farão essa apresentação primeiro e as coisas de gênero serão a primeira coisa que eles ouvirão. Esperançosamente, para mitigar, você sabe, esse tipo de resposta, certo?” afirmou.
A professora ridicularizou uma mãe que reclamou que não planejava ter uma conversa sobre orientação sexual e identidade de gênero com seu filho do ensino fundamental, mas foi pressionada pela escola.
“Eu sei, tão triste, não é mesmo? Peço desculpas por você, você teve que fazer algo difícil!” ela declarou ao seu público. “Honestamente, seu filho de 12 anos provavelmente sabia de tudo isso, certo?”
Quando um diretor “convidou” outro pai a matricular seu filho em uma escola particular mais alinhada com as crenças dos pais, um dos professor afirmou: “consideramos isso uma vitória”.
Controlando os anúncios matinais
Uma das professoras também falou sobre como ela controla os anúncios matinais na escola.
“Esse é outro tipo de estratégia que posso dar a vocês”, declarou. “Sou eu quem controla as mensagens. Todo mundo diz: ‘Oh … você é tão fofa, se ofereceu para fazer isso’. Claro, eu sou tão gentil que me ofereci para fazer isso, porque então eu controlo as informações anunciadas. E, pela primeira vez neste ano, os alunos puderam colocar conteúdo abertamente LGBT em nossos anúncios matinais”.
Então ela passou a se gabar dos alunos que recrutou para ajudar com os anúncios.
“Três das crianças da equipe, duas delas não são binárias e a outra é muito fluida em todos os aspectos. Ela é fabulosa. Então, é realmente um bom grupo”, declarou.
A professora salientou mais de uma vez que não pode ser despedida e agradeceu a CTA pela sua gestão e por fornecer recursos e ferramentas.
“Você não pode me despedir por administrar um GSA”, afirmou. “Você pode ficar bravo, mas não pode me despedir por isso”.
“A CTA deixou muito claro que se dedica aos direitos humanos e à equidade”, acrescentou ela.
Ela declarou aos professores que ela e o outro professor agiram com “grande integridade”.
“Nunca cruzamos os limites”, afirma. “Queríamos, mas nunca o fizemos”.
Resposta da escola
Após as informações sobre o áudio vazado virem ao público, esta semana, Supt. Tarallo, presidentes do SUSD, McDougall e Kate Pagaran, e a diretora da Buena Vista Middle School, emitiram uma carta, em 19 de novembro, dirigida à “Comunidade SUSD” informando que o clube “Seja Você Mesmo” foi suspenso.
“Todos os futuros clubes estudantis deverão enviar um esboço de todas as atividades e materiais antes de serem autorizados a se reunir”, afirma a carta. “As folhas de registro dos alunos serão mantidas e as autorizações dos pais/responsáveis serão enviadas para casa antes da realização de uma reunião do clube”.
A carta afirma que “todas as mensagens compartilhadas nos anúncios da manhã” serão controladas e distribuídas pelo diretor, uma prática que “entrará em vigor permanentemente”.
O SUSD afirma claramente: “Os professores estão proibidos de monitorar a atividade online dos alunos para qualquer finalidade não acadêmica”.
O SUSD seguirá os padrões e currículos aprovados pelo estado em todas as apresentações envolvendo “temas delicados como sexualidade” e “materiais referente a quaisquer temas delicados serão compartilhados com pais/responsáveis antes de serem mostrados aos alunos”, afirma a carta.
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