O homem que realizou disparos junto ao consulado israelense em Munique e morreu abatido a tiros pela polícia, nesta quinta-feira (05), residia na Áustria e as autoridades já o tinham identificado como islâmico, segundo informações da imprensa local.
A polícia da capital bávara informou através de suas redes sociais que o suspeito, de 18 anos, realizou os disparos com uma velha carabina com baioneta acoplada.
Ele residia na Áustria e deixou o seu veículo – com o qual se presume que viajou para Munique – estacionado perto de Karolinenplatz, onde ocorreu o incidente, acrescentou a polícia.
Segundo vários meios de comunicação alemães e austríacos, o indivíduo já havia atraído a atenção das autoridades como um “islâmico”.
Especificamente, em 2023 tinha sido alvo de uma investigação após autoridades austríacas terem encontrado em seu telefone celular propaganda do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), mas a acusação acabou por encerrar o caso, segundo o tablóide Bild.
O primeiro-ministro bávaro, Markus Söder, afirmou, por sua vez, que existe uma “má suspeita” de que o incidente possa estar relacionado com o consulado israelense.
Em uma breve comparecimento no local, ele ficou satisfeito por “tudo ter corrido bem” e destacou que a proteção das instalações judaicas tem máxima prioridade.
O consulado israelense em Munique foi fechado hoje devido ao aniversário da tomada de reféns israelenses nos Jogos Olímpicos realizados naquela cidade do sul da Alemanha, em 1972.
Além disso, o suposto agressor realizou os disparos nas imediações do centro de documentação do Nacional-Socialismo e, segundo alguns meios de comunicação, alguns tiros foram dirigidos às guaritas localizadas na entrada.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, falou por telefone com seu homólogo alemão, Frank-Walter Steinmeier, após tomar conhecimento dos acontecimentos, e ambos condenaram o incidente, conforme relatado em sua conta na rede social X, ex-Twitter.
“Um terrorista odioso tentou mais uma vez assassinar pessoas inocentes em Munique”, disse, após recordar os 11 atletas israelenses mortos neste dia, há 52 anos.
“Falei com o presidente israelense e concordamos em manter contato próximo e que o manteremos informado nas próximas horas sobre o que as forças de segurança dizem e os possíveis motivos”, declarou Steinmeier.