Pelo menos dez militares e um motorista morreram nesta quarta-feira em consequência de um atentado explosivo realizado por uma guerrilha maoísta, no estado de Chhattisgarh, leste da Índia.
“Lamento a notícia da morte de dez de nossos Guardas da Reserva do Distrito (DRG) e um motorista devido à explosão de um artefato explosivo”, disse o prefeito de Chhattisgarh, Bhupesh Baghel, em um comunicado.
O atentado ocorreu no distrito de Dantewada, na área de Aranpur, onde segundo Baghel as forças de segurança realizavam uma operação contra a insurgência naxalita, como são conhecidos localmente os maoístas, após receberem informações sobre a presença no local de líderes desse movimento.
Em novembro de 2021, as forças de segurança mataram um comandante maoísta e 25 outros comunistas rebeldes em uma operação policial massiva contra o movimento no estado de Maharashtra, destruindo a “espinha dorsal” do movimento naxalita, segundo as autoridades.
O movimento naxalita, assim chamado porque nasceu após uma revolta na aldeia bengali de Naxalbari em 1967, busca impor uma revolução agrária de estilo maoísta e continua ativo após meio século de operações, especialmente no chamado “cinturão vermelho”, uma faixa de território que atravessa o centro e o leste da Índia.
Segundo dados do Portal do Terrorismo do Sul da Ásia, até agora neste ano, foram registradas 42 mortes em incidentes relacionados com a guerrilha maoísta (20 civis, 9 membros das forças de segurança e 13 guerrilheiros), em comparação com as 135 de 2022 e 237 de 2021.
No total, a insurgência causou cerca de 12 mil mortes na Índia, a maioria de civis, nas últimas décadas e os maoístas foram declarados a principal ameaça à segurança interna, embora venham perdendo força nos últimos anos.
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