Atentado contra agência de inteligência deixa 14 mortos no Afeganistão

13/07/2020 17:18 Atualizado: 13/07/2020 17:18

Por EFE

Cabul, 13 jul – Um atentado realizado próximo a uma das sedes da principal agência de inteligência do Afeganistão, realizado nesta segunda-feira e reivindicado pelos talibãs, deixou, pelo menos, 14 mortos e 63 feridos.

A ação aconteceu por volta de 11h locais (3h30 de Brasília), na cidade de Aybak, na província de Samangan, no norte do país, nos arredores do escritório regional da Direção Nacional de Segurança (NDS).

“Uma explosão, relativamente forte, causada por um carro bomba, aconteceu na cidade nesta manhã”, relatou Sediq Azizi, porta-voz do governador de Samangan.

O representante da administração provincial ainda informou que todos os mortos eram pessoas que trabalhavam no órgão governamental.

“Dois dos feridos estão em estado grave e foram enviados para a província vizinha de Balkh, para serem atendidos. O restante dos 61 pacientes, entre eles duas crianças e uma mulher, permanecem estáveis”, disse Azizi.

Uma fonte anônima, ligada às autoridades de segurança da província, relatou que o ataque começou com a detonação de um veículo perto da entrada da sede da NDS, em seguida, diversos terroristas entraram em confronto com militares.

O principal porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, se manifestou por meio de um comunicado, informando que o grupo era responsável pela ação.

De acordo com o representante da organização, o ato foi uma retaliação contra a Direção Nacional de Segurança, que seria responsável por vários “crimes recentes” no norte do Afeganistão.

Mujahid explicou que houve um forte confronto na área do atentado e que 70 agentes da agência de inteligência governamental foram mortos ou feridos.

Esse foi o primeiro ataque de grande magnitude realizado pelos talibãs em uma capital de província, desde que foi acordado um cessar-fogo de três dias, por causa do fim do Ramadã.

Além disso, a ação ocorre em meio a tentativa do governo afegão e dos talibãs de dar início à novas negociações no Catar.