Ataques aéreos russos matam 53 civis na Síria

28/11/2017 11:21 Atualizado: 28/11/2017 11:21

De acordo com um grupo de monitoramento sírio, pelo menos 53 civis morreram durante ataques aéreos russos em uma aldeia no leste da Síria.

Dentre os mortos no domingo (26), mais de 20 eram crianças, declarou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (SOHR), com sede no Reino Unido, à AFP.

Segundo informações, os ataques aéreos afetaram a aldeia de Al-Shafah em Deir ez-Zur, uma das últimas províncias onde o ISIS continua presente. O grupo terrorista foi expulso de sua principal fortaleza em Raqqa.

Rami Abdel Rahman, da SOHR, disse à AFP que o número de mortos aumentou depois que os destroços foram removidos durante as operações de resgate.

Ele acrescentou que os ataques atingiram edifícios residenciais na aldeia, que está localizada na margem leste do rio Eufrates.

Não há mais relatórios que confirmem a morte de civis.

Província de Deir ez-Zur, no leste da Síria, que, segundo informações, teria sido atingida por ataques aéreos russos em 26 de novembro de 2017 (Google Maps)
Província de Deir ez-Zur, no leste da Síria, que, segundo informações, teria sido atingida por ataques aéreos russos em 26 de novembro de 2017 (Google Maps)

De acordo com o jornal Al Jazeera, no momento em que as mortes civis foram relatadas, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou que seis bombardeiros de longo alcance atacaram o grupo ISIS e “fortalezas terroristas” na área circundante.

A Rússia é aliada do presidente sírio Bashar al-Assad desde 2015, juntamente com o Irã.

As Nações Unidas vão iniciar conversações de paz em Genebra hoje (28), na tentativa de encontrar uma solução para a guerra, que já tirou mais de 400 mil vidas.

A Rússia havia vetado uma resolução elaborada pelos Estados Unidos que teria prorrogado uma investigação internacional sobre quem é o culpado pelos ataques com armas químicas na Síria.

Mas o presidente Trump e o presidente Putin emitiram uma declaração conjunta que melhorou as iniciativas de solução de conflitos, como o aumento das comunicações entre o exército russo e o americano, o que mostrou ser muito eficaz e que continuará até que o ISIS seja derrotado.

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