Pelo menos nove militares morreram e outros oito ficaram feridos em um ataque realizado na manhã desta quarta-feira (29) contra uma unidade do Exército da Colômbia na região de Catatumbo, no nordeste do país, em uma ação que as autoridades atribuíram a guerrilha, Exército de Libertação Nacional (ELN).
O ataque foi perpetrado em Guamalito, no departamento de Norte de Santander, contra soldados do Batalhão Especial de Energia e Rodovias Nº 10, segundo as primeiras informações do Exército.
Os militares foram emboscados com explosivos e tiros de fuzil e entre os mortos estão dois suboficiais e sete militares, segundo detalhou o presidente colombiano, Gustavo Petro.
“Repúdio total ao ataque ao pelotão do Exército em Catatumbo. Sete militares que prestavam serviço militar e dois suboficiais, militares da nação e do governo da mudança, assassinados por aqueles que hoje estão absolutamente afastados da paz e do povo”, escreveu o presidente em sua conta no Twitter.
Repudio total al ataque al pelotón del Ejército en el Catatumbo, 7 soldados que prestaban su servicio militar y 2 suboficiales, soldados de la Nación y del gobierno del cambio, asesinados por quienes hoy estan absolutamente alejados de la paz y del pueblo.
— Gustavo Petro (@petrogustavo) March 29, 2023
Os primeiros indícios sugerem que o ataque possa ter sido cometido pela guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), particularmente forte na área de Catatumbo e com quem o governo mantém negociações de paz.
“Repudiamos esta ação criminosa que hoje enluta seis famílias. Estes acontecimentos não contribuem para alcançar a paz pela qual tanto trabalhou o povo do Norte de Santander”, lamentou em sua conta no Twitter o governo desse departamento, que repudiou o ataque.
Em Catatumbo, que abrange uma dezena de municípios do Norte de Santander e é uma das regiões com mais plantações de coca da Colômbia, também atua a 33ª frente de dissidentes das Farc, um reduto do Exército Popular de Libertação (EPL) e quadrilhas criminosas .
O Exército informou que seu comandante, General Luis Mauricio Ospina, viajou para a área para assumir as operações.
Por sua vez, o ministro da Defesa colombiano, Iván Velásquez, se pronunciará esta manhã sobre o ataque, o mais grave contra o Exército desde o início das conversas de paz com o ELN que estão ocorrendo em Caracas, Cidade do México e Havana.
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