A Argentina registrou em fevereiro um superávit fiscal de 338,112 bilhões de pesos (US$ 397 milhões pela taxa de câmbio oficial atual), como resultado de um superávit primário e após o pagamento de juros da dívida pública, informaram nesta sexta-feira fontes oficiais.
Esse é o segundo resultado fiscal positivo do país este ano, conforme anunciou o ministro da Economia, Luis Caputo, em sua conta na rede social X (ex-Twitter).
No segundo mês do ano, a Argentina registrou um superávit primário de 1,23 trilhão de pesos (US$ 1,449 bilhão), porque embora as receitas totais tenham caído em termos reais 6,3% em relação ao ano anterior, as despesas primárias caíram 36,4%, levando em conta a inflação.
Nos dois primeiros meses do ano, o tesouro argentino acumulou um superávit primário de 0,5% do PIB e um resultado financeiro de 856,520 bilhões de pesos (US$ 1,004 bilhão), ou 0,2% do PIB, após uma queda real de 2,5% nas receitas, abaixo da queda de 38% nas despesas primárias.
O presidente Javier Milei, que chegou ao poder em 10 de dezembro, prometeu equilíbrio fiscal este ano e confirmou nesta sexta-feira à emissora de rádio La Red que “o déficit zero é uma política inamovível” e que “o golpe do déficit fiscal acabou” na Argentina, em um contexto em que deputados e senadores não aprovam suas iniciativas no Congresso.
A Argentina encerrou 2023 com um déficit fiscal de 6% do PIB, composto por um déficit primário de 2,8% do PIB e juros da dívida de 3,2% do PIB.