Argentina reconhece oficialmente o Hamas como organização terrorista

Por Redação Epoch Times Brasil
13/07/2024 20:40 Atualizado: 13/07/2024 20:40

A Argentina anunciou oficialmente na sexta-feira (12) que reconhece o Hamas como uma “organização terrorista internacional”. 

A decisão foi tomada em resposta aos ataques de 7 de outubro de 2023 em Israel e ao “extenso histórico de atentados do grupo”, conforme comunicado oficial do gabinete do presidente Javier Milei.

A Casa Rosada anunciou a decisão, destacando a gravidade dos ataques que resultaram na morte de mais de mil pessoas, a maioria civis, e no sequestro de cerca de 250 indivíduos pelo Hamas.

O comunicado diz que o grupo assumiu a responsabilidade pelas atrocidades cometidas durante os ataques a Israel em 7 de outubro.

O governo argentino sublinhou sua convicção de que essa posição fortalece o alinhamento do país com os valores da civilização ocidental, incluindo o respeito aos direitos individuais e às instituições democráticas. 

“Este governo reiterou em múltiplas ocasiões a sua convicção de que a Argentina volte a alinhar-se à civilização ocidental, respeitosa dos direitos individuais e das suas instituições. Por este motivo, é inadmissível que aqueles que os atacam não sejam declarados como o que são: terroristas”, diz um trecho do texto.

“Além disso, nos últimos anos foi revelado seu vínculo com a República Islâmica do Irã, cuja liderança foi considerada responsável pelos atentados contra a Embaixada de Israel em Buenos Aires e contra a AMIA [Associação Mutual Israelita Argentina] pela Câmara Federal de Cassação Penal em 11 de abril”.

Em fevereiro deste ano, Milei demonstrou seu apoio a Israel ao visitar o kibutz Nir Oz, no sul de Israel, uma das áreas mais afetadas pelo ataque do Hamas em 7 de outubro, e lar de uma significativa comunidade de israelenses de origem argentina.

“Estamos diante de um claro ato de terrorismo, de antissemitismo e, sem dúvida, estamos diante do que seria uma expressão do nazismo no século XXI. De fato, os métodos que eles usaram são um resquício daqueles utilizados naquela atrocidade”, declarou o presidente argentino na ocasião.

Em Israel, Milei reafirmou seu compromisso de transferir a embaixada argentina de Tel Aviv para Jerusalém e emocionou-se durante uma visita ao Muro das Lamentações, o local mais sagrado do judaísmo. 

“Estes ataques custaram a vida de mais de 100 cidadãos argentinos”, enfatizou o comunicado presidencial.