Argentina procura voluntários para testar vacina de fabricação nacional contra a COVID-19

Por Agência de Notícias
11/04/2023 12:02 Atualizado: 11/04/2023 12:28

A Argentina lançou nesta segunda-feira (10) uma campanha para conseguir voluntários para testar sua vacina de fabricação nacional contra a COVID-19 a ARVAC Cecilia Grierson, projetada para proteger contra as variantes que circulam na região, incluindo uma versão bivalente contra a variante Ômicron.

“É importante que a Argentina tenha esta capacidade, porque não a tinha antes. Ao ter sua própria vacina, o país poupará recursos por não ter que importá-la de outros países como temos feito”, enfatizou o ministro de Ciência e Tecnologia do país, Daniel Filmus, em entrevista coletiva.

A ARVAC está na fase final dos testes clínicos (etapa 2 de um total de 3), o que requer a participação de 1.782 voluntários maiores de 18 anos com as duas primeiras doses, mais uma de reforço.

Se o número necessário de voluntários for obtido, e após aprovação posterior pela Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica (Anmat), espera-se que o lançamento oficial da vacina aconteça em meados deste ano.

As doses serão distribuídas em dez centros de saúde no norte e no centro do país em quatro províncias e na cidade de Buenos Aires. As autoridades estão confiantes de que a vacina aumentará em “até 30 vezes os anticorpos contra as diferentes variantes” do coronavírus.

“Precisamos que as pessoas participem como voluntárias a fim de completar o desenvolvimento da vacina. Precisamos de cerca de 1.800 voluntários a mais para obter os dados científicos que apoiarão a aprovação da ARVAC”, insistiu a líder do projeto e pesquisadora da Universidade Nacional de San Martín (Unsam), Juliana Cassataro.

Entre 300 e 400 pessoas, compostas por pessoal científico e técnico de mais de 20 instituições públicas e privadas – como a UNSAM e o Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Técnica (Conicet) – têm trabalhado no desenvolvimento desta vacina desde o ano de 2020.

Neste sentido, o ministro de Ciência e Tecnologia declarou que espera gerar uma dose para uso regional que permita ao governo evitar a importação de vacinas similares e até mesmo exportá-la para outros países sul-americanos.

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