O Ministério das Relações Exteriores da Argentina pediu nesta sexta-feira (06) ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que solicite uma ordem de prisão contra o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, “e outros líderes do regime”, “diante do agravamento da situação” após as eleições presidenciais de 28 de julho no país.
“Dado o agravamento da situação na República Bolivariana da Venezuela desde 28 de julho e a prática de novos atos que poderiam ser considerados crimes contra a humanidade, a República Argentina insta o Procurador do Tribunal Penal Internacional a solicitar à Sala de Questões Preliminares que emita mandados de prisão para Nicolás Maduro e outros líderes do regime”, disse a Chancelaria argentina em comunicado.
O governo argentino também antecipou que na próxima segunda-feira vai apresentar uma nota ao Ministério Público na qual argumenta que “as evidências coletadas no curso das investigações realizadas pelo Ministério Público do Tribunal Penal Internacional e os eventos ocorridos após as eleições presidenciais de 28 de julho são elementos suficientes para considerar os méritos da emissão dos mandados de prisão mencionados”.
O comunicado do Ministério das Relações Exteriores também lembra que, em 19 de julho, a Argentina voltou a se juntar à denúncia contra a Venezuela perante o TPI apresentada em 2018 por vários países, e da qual havia se retirado em 2021, durante o governo de Alberto Fernández.