O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, disse neste domingo que ofereceu ao governo da Argentina colaboração em questões de segurança, mas que o país sul-americano não precisa de medidas “tão drásticas” como as aplicadas em território salvadorenho.
“Oferecemos oficialmente à ministra (de Segurança) (Patricia) Bullrich, não conselhos, mas a colaboração que eles precisam em todas as questões de segurança”, disse Bukele a jornalistas poucos minutos após o fechamento das seções eleitorais do pleito presidencial realizado no domingo em El Salvador.
Para ele, “como o problema é menor (na Argentina), talvez o remédio também possa ser menor”.
“O problema de segurança na Argentina, que existe, talvez não seja tão urgente quanto era em El Salvador. Por isso, as medidas que podem ser compartilhadas por nós para que possam ser aplicadas na Argentina não precisariam ser tão drásticas, porque não precisam resolver um problema tão grande”, acrescentou.
A principal medida de segurança do governo Bukele contra o crime em El Salvador e que pacificou o país a “guerra contra as gangues”.
Essa medida, amplamente apoiada pela população em pesquisas, permite que a polícia detenha qualquer pessoa sem um mandado de prisão e a mantenha detida por pelo menos 15 dias antes de ser levada a um tribunal.
Em 2015, El Salvador tornou-se o país mais violento do mundo, com uma taxa de 103 homicídios por 100 mil habitantes. Após as medidas do presidente Bukele, segundo dados do governo de 2023 e considerado o ano mais seguro da história do país, a média de taxa de homicídios por dia caiu para 0,4, colocando El Salvador em primeiro lugar na América Latina e segundo no continente americano, ficando atrás apenas do Canadá.